Peão, bolsa e escada.
Não me há caixa d'água inacessível.
Sou um peão matador de larvas e pupas.
Viroses nunca me derrubam.
Pela secreção das narinas,
idéias me povoam.
Febril que seja batalho pelas esquinas.
O sol de dezembro amigável me doura as faces.
Peão, bolsa e escada.
Calos nos pés,
ombros calejados.
Preciso de óculos.
Fernando Pessoa vai diminuindo aos poucos.
No meu sangue corre larvicida,
creio.
Peão, bolsa e escada.
Um canal abortado.
Abscesso,
lua pus.
3 comentários:
Domingos, meu caro,
não existe coisa melhor do que entre entrevistas, informações, repúblicas, monarquias, anarquias, despolítica, despotismo infame, e miríades de possibilidades, encontrarmos a poesia, essa sim é majestade, por glórias e contradições. Há quem diga que isso é troca de confetes, não importa. O que importa mesmo é que não há quem diga que ela não seja de qualidade, que desculpem-me os tolos, pelo fato d'eu gostar de uma poesia como essa sua, que me faz sorrir e acreditar que a ignorância é um mal necessário.
abraço
irmão
O bíblico Fernando Pessoa já nos enpreguiça, pela curta vista.Mas , no tempo em que podíamos ler, a gente lia!
Lua...
"Pus" na minha mão
pra comè-la em raios...
e acabar
com a minha escuridão!
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