TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Seqüestre-me!

Seqüestre-me

Preciso de um pouco de ternura

Nesse tempo quente sem ventura

Mesmo que toda indelicadeza seja verdade

E precise ser dita

Mesmo que se perca o que se acredita

Para reencontrar o sabor das palavras que nos circundam.


Eu sou o temor de teus lábios

A altura infinita de teu desejo

A queda do teu ego

E uma porção de gestos, assim falando baixo

Tímidos e temidos

Cínicos e cíclicos dessa mesma história.

Tenho na testa o lunário de uma vida

O mapa de nossas almas

A cruz de nosso trajeto

A promessa que lava a fonte

Os dedos que apontam o monte

Os olhos que vêem o medo

E se viram em tua salvação!

Por amor, e um corte me sangra o peito

Repito, por amor, e a faca me cega a língua

Gemendo, eu grito!

É assim que sempre fui!

E assim serei e direi...

Com ou sem esses sonhos me acordando!

Eu canto e danço as vistas de Deus

E sou um pecador por assassinar teu medo!

Sem piedade, a sangue frio!


Seqüestre-me

Preciso de um pouco de ternura

Nesse tempo quente sem ventura

Mesmo que toda indelicadeza seja verdade

E precise ser dita

Mesmo que se perca o que se acredita

Para reencontrar o sabor das palavras que nos circundam.

6 comentários:

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Até que enfim você aparece, rapaz! Como está a avenmtura de shows e lançamento de CD? Seja benvindo!
Um grande abraço.

Junú disse...

Pois é rapaz, mas me sinto intimidado de postar algo em meio a tantos nomes de peso nesse blog. Temos trabalhado muito, o nosso projeto paralelo do forró pe de serra, onde tambem toco algumas musicas do disco, tem ajudado a nos movimentarmos, em março vamos a capital e adjacências pra fazer alguns shows de lançamento do disco. Por onde vc anda e como está? Outro abraço e bom carnaval pra você!

Carlos Rafael Dias disse...

Geraldo Júnior (ou Júnior Boca) é um dos músicos mais antenados dessa região. Além de tudo isso, é uma boa praça, daquela com banquinho, fonte luminosa, carrocel, pipoqueiro, roda-gigante e algodão-doce.

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Geraldo Júnior,
Somos todos iguais e precisando cada vez mais uns dos outros. O nosso egocentrismo e narcisismo pode ser doentio e nos deixa isolados.
Te vi no lançamento do CD na RFFSA e só não gostei de uma coisa: tinha pouca luz sobre o palco que você cantava. O disco está muito bom e você merece o sucesso que vai vir com o tempo.
Um grande abraço

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Essa estória de luz vem da minha ligação com o teatro!

Junú disse...

Tambem sinto muita falta de luz, em vários lugares que tocamos, por sinal! Mas vamos nos virando com a energia de pessoas como você, Carlos Rafael! E tantos outros amigos! Retribuo o carinho a vocês! Grandes companheiros! Abraços