Significa dizer que um negro poderá vir a dirigir o País mais rico do mundo. Não é só. Um País onde há 50 anos ainda havia discriminação odiosa contra negros nos transportes públicos, nas escolas e demais ambientes.
A luta contra essa iniqüidade custou o esforço de muitos, tendo alguns pago com a vida, pela defesa desse ideal de justiça. Foi o caso de Martin Luther King. Graças às novas leis e ao empenho continuado de muitos a situação mudou.
Pode-se afirmar, como disse João Pereira Coutinho, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, edição de 12/02/08, que os Estados Unidos aprenderam a lição. Mas, indaga ele, será que outros também aprenderam? O Brasil, por exemplo, elegeria um presidente negro?
(fonte:www.lucioalc.blogspot.com)
4 comentários:
Abaixo, trecho do ensaio de Roberto Pompeu Toledo na "Veja" desta semana:
"Barack Obama é inspirado orador, tem idéias arejadas, ostenta bom currículo etc., mas o melhor que tem a oferecer, aos EUA e ao mundo, é mesmo sua pele escura. Um presidente com voz fina de mulher e batom nos lábios (Hillary Clinton) também seria bom, mas um de pele escura é muito mais espetacular, para o efeito de chacoalhar os pressupostos e os gostos reinantes. Quando Obama estender a mão para outro chefe de estado, é a sua mão preta que estenderá, e não se trata do presidente de um país africano, mas o da maior potência do mundo.
Uma das atitudes racistas mais canalhas é a do branco que, numa disputa com o negro, aponta no próprio braço a cor da pele, para dizer como sua cor é superior à do outro. Um jogador de futebol fez isso, não faz muito, numa partida no Rio Grande do Sul. Essa pessoa que se sente tão superior porque tem a mão branca terá de aprender a viver num mundo (desconcertante, para ela) em que uma mão preta é que assina as ordens que farão a diferença entre a paz e a guerra, o progresso e a crise, ao redor do planeta, além de ter ao seu alcance os botões nucleares. A cara preta de Obama é que aparecerá todo dia nos vídeos do mundo inteiro. O cabelo duro de Obama e os lábios grossos de Obama é que dominarão a cena. A figura negra de Michelle, a mulher de Obama, é que estará a seu lado, nas recepções na Casa Branca e nas visitas a outros países. Isso fará uma enorme diferença no mundo. Fará uma enorme diferença no Brasil".
O Brasil nem elegeu mulheres, como seu país vizinho Argentina; e o Chile com Bachelet, o que dizer?. Ainda vamos caminhar muito para "chacoalhar pressupostos", como disse Toledo.
Na época do Império do Brasil, uma mulher - a Princesa Isabel, a Redentora - governou o Brasil por três vezes (num total de quase 3 anos e meio) sendo a primeira mulher do continente americano a exercer a Chefia de Estado, a saber:
1ª Regência - 25 de maio de 1871 a 31 de março de 1872 (10 meses);
2ª Regência - 26 de março de 1876 a 25 de setembro de 1877 ( 1 ano e meio)
3 ª Regência - 30 de junho de 1887 a 22 de agosto de 1888 (1 ano e dois meses)
Depois do golpe militar que implantou a República, nunca mais uma mulher governou o Brasil. E ainda dizem que esta "ré-pública" representou o progresso...
Site: Veja on line:
Eleições EUA
Obama é o preferido contra John McCain
26 de Fevereiro de 2008
O senador democrata Barack Obama teria mais chances de vencer uma disputa presidencial com o republicano John McCain do que Hillary Clinton, segundo uma pesquisa do jornal The New York Times e da rede de televisão CBS. A candidatura de Obama não tem ganho terreno apenas nas prévias – ele venceu as últimas 11 -, mas também também dentro dos principais grupos do partido, incluindo homens, mulheres, progressistas e moderados, assim como eleitores de rendas média e superior.
O The New York Times afirmou que sua pesquisa coincide com outra consulta divulgada nesta segunda-feira pelo jornal USA Today, segundo a Obama tem 51% da preferência deseu partido, ao tempo que Hillary ficaria com 39% do apoio. A pesquisa, realizada entre quarta-feira e domingo, entre 1.115 eleitores, indicou que 6 de cada 10 consultados disseram que Obama tem maiores possibilidades de derrotar McCain, o dobro dos que acreditam que Hillary é "mais elegível". Além disso, um maior número de democratas acredita que o senador de Illinois pode propiciar uma "verdadeira mudança" em Washington.
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