TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Testa sem protetor

Minha menina anciã
de olhos vidrados
somente surge
ao esquecê-la.
No estilete
ou no laser:
busca inútil.
Minha coroa de louros apodrece
no fundo lodoso do vaso sanitário.
Minha ira resplandece.
Meu desgosto salobra vaza.
Do alto rastejo.
Minhas asas nos tendões
ofereci ao asno da esquina.
Virou Pégaso.
Permaneço mudo
mudando de pele e trejeitos.
Amanhã Kierkegaard caga pétalas.
Bem florido meu melancólico jardim.

Um comentário:

Pachelly Jamacaru disse...

Altas produções hein Barroso, você é o cara! Sua linguagem é inconfundível!
Enorme abraço figura!
Pachelly J.