TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 27 de setembro de 2008

LAMENTO


Além, muito além das fronteiras da alma
Sonho eu com este ar de liberde.
Levado pelo minuano e pelas maresias açoitadas
Por este mar de poesia nos fins de tarde.

Além, bem posterior a realidade
Faço eu fronteira entre as utopias
Pestanejo sobre este territótio do medo
Sobre este perigo que corrompe as almas...

Pelo visto, é disto que somos feito.
A sedução do sonho e o grilhão medonho do medo,
E a mania da densa mediocridade.

Pois muito além do próprio sonho, estou eu.
Aboiando com o berrante da poesia parte minha que se projeta,
E lamentando a que por medo ficou sentada vendo o fim da tarde.

3 comentários:

socorro moreira disse...

"...sentado vendo o fim da tarde "

Um ritual de oração ...
Tua poesia é uma reza ... reza é fé... fé move montanhas .... Lá de cima .... a visão é sistémica ... Dá pra vislumbrar novos caminhos , e acertar na mira !


Existem momentos que tudo me parece sombrio ... Mas a poesia é como um refletor ... clareia meu escuro.
Gracias , por tua luz !

Beijo , meu amigo lindo !

Carlos Rafael Dias disse...

Que este mar de poesia nos fins de tarde traga sempre em suas ondas versos bonitos e vigorosos como este, Antonio.

Antonio Sávio disse...

Obrigado pelos comentários. Infelizmente estou meio ausente do blog, mas assim que puder volto a postar e a visitar seus blogs com mais frequência. Um forte abraço a todos.