Gato escaldado tem medo até de água fria. A revista Veja que se tornou uma linha ideológica conservadora publicou duas matérias sobre a América Latina com informações aparentemente sem nexos mas com o viés de apontar o dedo para o mesmo objetivo. Uma se refere à crise da Bolívia, claro sendo toda a culpa do Evo Morales e nenhuma, absolutamente nenhuma dos separatistas que se armaram e promovem tumultos. A outra matéria, ideologicamente complementar foi para elogiar o Chile como a grande vitória da economia liberal e capitalista. vis-a-vis o "populismo". É tanto o entusiasmo da revista que compara o Equador com o Chile. Mas tamanha a má fé que resume o Equador ao atual presidente que tem pouco mais de dois anos no poder com um Chile de muitos anos. E tem mais, o objetivo afinal é mostrar as beneses da reforma conservadora mesmo sob regime fascista e truculento. O objetivo é mostrar os efeitos da Escola de Chicago num ultraliberalismo que afinal provocou muitos efeitos, menos o que a revista mente.
Comparar o Equador com o Chile é comparar laranja com maçã. O equador tem uma população menor que o Chile em mais de 3 milhões. No ano 2000 o Equador tinha 44% da sua população na faixa abaixo da linha de pobreza contra 22% do Chile. Na crise de 2001 a 2003 o Equador chegou a ter 68% de sua população abaixo da linha de pobreza, mas para dores de Veja, exatamente no governo "populista" houve uma redução para a metade do que era. Todos os indicadores do Equador começam o novo milênio com valores abaixo do chileno.
A economia chilena não é um shangrilá de justiça econômica. A previdência privada se encontra em crise, o ensino médio e superior também. O sistema de capitalização previdenciário entrou em crise pela baixa captação e no mês de março o governo da socialista Michele Bachelet instituiu a previdência universal, ou seja tudo aquilo que os conservadores criticam em Evo Morales por querer um sistema de proteção previdenciário com a renda do hidrocabonetos. A pobreza tem mais proteção do que na Bolívia e no Equador isso tem, mas se trata de uma conquista que nem o militares no poder destruíram. Parte do sucesso do Chile vem de muitos avanços ao longo de mais de 60 anos.
O Chile é presa dos capitais especulativos mundiais. No ano de 2006 houve uma saída de capitais de mais de 17% do valor do PIB do país. E o mais grave quase todo ele no setor de mineração, demonstrando claramente que o Chile continua com a maldição das commodities, agronegócio e mineração com qualquer país do terceiro mundo. Recentemente os transporte coletivo de Santiago sofreram graves problemas em razão da privatização dos mesmos. O desemprego é de 8%, com meio milhão de trabalhadores desempregados, a renda per capita em 2008 foi de US$ 13.804 e a dívida externa bruta do país era em 2005, da ordem US$ 47,8 bilhões s.
Agora e para colocar a economia do Chile no seu verdadeiro patamar dentro do mercosul. O PIB chileno corresponde a 8,4% do PIB do bloco, tem uma das maiores participações do seu PIB no agronegócio (40,71% é a participação do agronegócio no PIB) que não exatamente uma status de durabilidade, especialmente nestes anos de mercados em retração. Finalmente os melhores indicadores do Chile foram conquistados com o governo socialista, de maior proteção social, maior intensidade de recursos públicos e com maior injeção de recursos públicos na economia. Exatamente ao contrário da interpretação da revista.
O que leva uma revista pegar tanto na mão para vender uma ideologia que não precisa de enganos para que conquiste seu pensamento entre as pessoas? Muitas coisas, uma delas é imaginar que basta mobilizar os que pensam igual para que eles a sigam sem qualquer verificação ou crítica. Mas isso é frágil, a Veja ainda não se deu conta que o leitor inteligente é capaz de verificar muitas informações na internet. E acho pouco provável que as pessoas sigam feito boiada qualquer idéia sem materialidade da realidade.
Comparar o Equador com o Chile é comparar laranja com maçã. O equador tem uma população menor que o Chile em mais de 3 milhões. No ano 2000 o Equador tinha 44% da sua população na faixa abaixo da linha de pobreza contra 22% do Chile. Na crise de 2001 a 2003 o Equador chegou a ter 68% de sua população abaixo da linha de pobreza, mas para dores de Veja, exatamente no governo "populista" houve uma redução para a metade do que era. Todos os indicadores do Equador começam o novo milênio com valores abaixo do chileno.
A economia chilena não é um shangrilá de justiça econômica. A previdência privada se encontra em crise, o ensino médio e superior também. O sistema de capitalização previdenciário entrou em crise pela baixa captação e no mês de março o governo da socialista Michele Bachelet instituiu a previdência universal, ou seja tudo aquilo que os conservadores criticam em Evo Morales por querer um sistema de proteção previdenciário com a renda do hidrocabonetos. A pobreza tem mais proteção do que na Bolívia e no Equador isso tem, mas se trata de uma conquista que nem o militares no poder destruíram. Parte do sucesso do Chile vem de muitos avanços ao longo de mais de 60 anos.
O Chile é presa dos capitais especulativos mundiais. No ano de 2006 houve uma saída de capitais de mais de 17% do valor do PIB do país. E o mais grave quase todo ele no setor de mineração, demonstrando claramente que o Chile continua com a maldição das commodities, agronegócio e mineração com qualquer país do terceiro mundo. Recentemente os transporte coletivo de Santiago sofreram graves problemas em razão da privatização dos mesmos. O desemprego é de 8%, com meio milhão de trabalhadores desempregados, a renda per capita em 2008 foi de US$ 13.804 e a dívida externa bruta do país era em 2005, da ordem US$ 47,8 bilhões s.
Agora e para colocar a economia do Chile no seu verdadeiro patamar dentro do mercosul. O PIB chileno corresponde a 8,4% do PIB do bloco, tem uma das maiores participações do seu PIB no agronegócio (40,71% é a participação do agronegócio no PIB) que não exatamente uma status de durabilidade, especialmente nestes anos de mercados em retração. Finalmente os melhores indicadores do Chile foram conquistados com o governo socialista, de maior proteção social, maior intensidade de recursos públicos e com maior injeção de recursos públicos na economia. Exatamente ao contrário da interpretação da revista.
O que leva uma revista pegar tanto na mão para vender uma ideologia que não precisa de enganos para que conquiste seu pensamento entre as pessoas? Muitas coisas, uma delas é imaginar que basta mobilizar os que pensam igual para que eles a sigam sem qualquer verificação ou crítica. Mas isso é frágil, a Veja ainda não se deu conta que o leitor inteligente é capaz de verificar muitas informações na internet. E acho pouco provável que as pessoas sigam feito boiada qualquer idéia sem materialidade da realidade.
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