Se soubesse quem és, perguntaria
O que de mim seria, e qual sereia tu seria?
Saara meia noite dentro de mim
O que sou eu neste pesadelo perdido com fome
Olhando para tí nos hotéis de Dubai
Arábia, quem te diria, em teus manuscritos
Que nada me diz, hoje me diria
Que dança no céu os faraós com os califas
Com a rosa dos ventos nos cabelos ao sons da mansa brisa
Para o sorrir desta sereia que esta noite possuiria
Que horas são?...eu saberia de Dalí não terretesse
O tempo, mas assim me perderia
E não seria quem sou hoje, sem tempo nem espaço
Onipresente na tentativa diária de poesia
Me guia então mulher,rosa dos ventos, tempos e espaços...vazios
4 comentários:
Ai , que linda !
Muito belo mesmo esse poema, Sávio. Estás de Parabéns!
Dihelson Mendonça
Querido Sávio,
Sua poesia é musical e tem cheiro de parnasianismo, que eu aprecio. Socorro Moreira e o Marcos Leonel também conseguem essa coisa de colocar música dentro da poesia, na minha opinião. É uma coisa engraçada isso, vendo do ponto de vista do músico, que é quando o poeta não brinca apenas com jogar palavras ao vento desordenadamente, a coisa toda parece ter vida no todo, tem ritmo, e dependendo das palavras usadas, a poesia parece ter SWING ( ginga ) e COR. Conseguir esse efeito, é coisa nem sempre fácil. Poesia nunca pode ser apenas palavras agrupadas nem sentimentos desordenados no papel.
Parabéns!
Abraços,
Dihelson Mendonça
Dhielson antes de mais nada fico grato por seu comentário. Costumo dizer que meio que "temo" aceitar-me como poeta ainda, mas de todo modo insisto em escrever antes de tudo pelo prazer. De modo natural tenho a sorte de poder escrever tais poesias de vez em quando, sendo que na maioria da vezes elas aparecem ao ouvir algo, ao ler aqui mesmo muitas preciosidades da Socorro, do Marcos, do Carlos Rafel e de tantos outros que até pouco tempo me eram desconhecidos. Fico grato não só de poder fazer uso do CaririCult como um meio de expressão, mas sobretudo como um modo de conexão com tanta coisa boa fornecida por todos vocês.
Um forte abraço.
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