Dorme no ventre dos lírios
Nos ventos da noite que envergam os trigais
Dorme sob as vozes dos martírios
Ou com a benção dos orixás
Dorme com o mistério do Egito
Com o seio em conflito
Com a voz deste meu grito
Que tomam as formas dos vendavais
Dorme sob as carícias das brumas
Sob os sons destas ondas
Que teus pés vem beijar
Dorme com as sismas das matas
Sob o calor destas asas
Sob o vento na fragatas que a levam ao mar
Foto: Felipe Morgado
3 comentários:
Foto e poesia ... belíssimas !
O Marcos Leonel pode até detestar Olavo Bilac e os Parnasianos, como ele disse, mas eu sou CaFONA.
EU SOU CAFONA, BURRO, ESTÚPIDO, RETRÓGRADO, CARETA, mas eu gosto deste tipo de poesia em que há lirismo. Seja em verso ou em prosa. Assim também como adoro as coisas que o Marcos Leonel escreve também.
O Bom da vida são esses temperos. A diferença das coisas. Cada um fazendo coisas diferentes, sem precisar um matar o outro.
E pelo que o Marcos nos diz sobre Bilac, ele deve achar meus parcos poemas meio parnasianos um lixo. mas o que que eu posso fazer se eles já brotam dessa forma ? Lixo ?
De duas uma: Ou eu paro de escrever em atenção ao Marcos Leonel, ou eu contrato o caminhão da prefeitura para vir recolher meus poemas...
Gostei desse aqui.
Abraços, Poeta!
Dihelson Mendonça
Chamem-me do que for, mas a inspiração é para mim(se é que existe inpiração, já que a questionam alguns sem coração) a chama, é a faísca que nos compele a pensar, a escrever... Cabe a nós que gostamos de usá-la, captá-la no momento exato em que ela se apodera de nossa alma. Lírico sim é o seu texto. Do jeitinho que sua verve lhe fez dedilhar os versos lindamente. Parabéns!
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