Nesta noite de lua cheia
cansei de ser poeta.
O silêncio que me perdoe
mas as palavras incontroláveis
serão todas amordaçadas.
Nesta noite de lua cheia
cansei de ser lunático.
A mente que me perdoe
mas todos os pensamentos tresloucados
trancafiados agora no velho baú da minha vó.
Nesta noite de lua cheia
cansei de fazer transplantes.
Meu coração que me perdoe
mas nesta noite de lua cheia
durma sozinho sobre a escrivaninha.
Um comentário:
De Sábado para Domingos
É quando o poeta Barroso,
abduzido ao som do mar e
à luz do céu profundo e cheio,
elabora versos profundamente
"lunáticos" e belos...
Viva, poeta das luas e das lagartixas gladiadoras!
Dihelson Mendonça
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