Colegas vejam essa matéria sensacional escrita pelo Jornalista da VEJA, Diogo Mainardi, onde ele deixa claro a relação entre FHC e Daniel ! Não turma vocês tem razão eu estou só brincando a matéria é de Anselmo Massad e Glauco Faria, dois grandes jornalistas da Revista Forum. Vocês acham que o Diogo Mainardi teria coragem de escrever algo sobre os seus patrões, principalmente quando se trata de um funcionário inábil.
Leiam e se revoltem um pouco, não por eles, mas em saber que existe gente que os defendem!
Leiam e se revoltem um pouco, não por eles, mas em saber que existe gente que os defendem!
Na elaboração do Plano Real, lançado em 1993, estavam pessoas próximas a Dantas. A mesma Eliana Cardoso do Consenso de Washington estava lá, assim como Pérsio Arida. Este foi diretor do Banco Central no governo Sarney e, no governo Itamar, ocupou a presidência do BNDES até 1995, quando se tornou o primeiro presidente do BC na era FHC.
Sua esposa, Elena Landau, foi diretora de Desestatização do BNDES, posto assumido ainda no governo Itamar. Em entrevista ao site Bolsa Mulher realizada em janeiro de 2001, em que fala do seu gosto por casamentos, sobre como manter a forma e cuidar dos filhos na “loucura do dia-a-dia”, Landau arranja um espacinho para falar das privatizações: “Foi uma fase interessante porque precisávamos dar um empurrão. O negócio tinha que pegar e pegou. Aí eu fico muito satisfeita”, conta. “Tinha uma certa dúvida se o Itamar Franco ia dar continuidade. A gente começou a pensar em serviços públicos, começou a discutir a questão das agências reguladoras. Então, teve uma parte conceitual muito interessante de trabalhar e uma parte mesmo do dia-a-dia. É um desespero o dia-a-dia da privatização. Ela era uma coisa assim. Ao mesmo tempo que você tinha que vender uma empresa, você tinha que entender de avião e, do outro lado, você tem que entender de ferrovia. Você tinha que aprender um pouco de tudo. Era legal porque era uma época em que tinha uma confiança na questão da privatização.”
A saída do casal do governo (primeiro Arida, depois Landau) mostra como no Brasil a relação entre o público e o privado é algo sombrio. Arida, dez meses após deixar a presidência do Banco Central, passou a ser sócio de Dantas no Opportunity e a ocupar uma cadeira no Conselho da Vale do Rio Doce como representante do grupo. Já Landau ocupou uma vaga como representante da Southern Electric Participações do Brasil, consórcio formado pela Southern, AES e o grupo Opportunity, no conselho da Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) em 1997.
Mas Landau tinha razão quanto à popularidade da privatização à época do primeiro mandato de FHC. As estatais vendidas anteriormente eram tidas como modelo, já que seus balanços apresentavam números excelentes. Claro que não se incluía na discussão outros dados, como o investimento feito antes da venda e nem as condições pra lá de favoráveis proporcionadas aos compradores. Mas a opinião pública não tinha a aversão de hoje, que fez até o candidato tucano Geraldo Alckmin contradizer, nas eleições de 2006, o passado privatista de seu partido no poder.
Com a estabilidade econômica, FHC estava à vontade para aprovar no Congresso as mudanças necessárias para incrementar o programa instituído por Collor. Mas os mecanismos precisavam ser aperfeiçoados e, para isso, o governo conta com a colaboração do próprio Daniel Dantas, de acordo com relato dele próprio na CPI conjunta dos Correios/Mensalão, em 21 de setembro de 2005. O banqueiro contou que foi procurado em 1996 pelo Citibank, que estaria interessado em formar um fundo para investir no Brasil. “Foi-nos então dito que, para que essa iniciativa pudesse se concretizar, era necessário captar recursos institucionais, outros adicionais aos recursos que seriam investidos pelo Citibank. O volume de investimentos que eles fariam era expressivo e catalisaria e fomentaria outros investidores que nos acompanhariam nessas iniciativas. Havia uma perspectiva, que foi concretizada, de que pudéssemos trazer para o Brasil algo em torno de US$ 3 bilhões”, explicou Dantas à comissão. “Eu, em conjunto com os representantes do Citibank, fomos ao governo brasileiro, inicialmente ao presidente Fernando Henrique Cardoso, e pedimos e sugerimos que, se fosse possível, criar uma linha e uma estrutura que pudesse apoiar esse tipo de iniciativa. Fizemos uma primeira explanação do que se tratava esse tipo de fundo, que, em inglês, chama-se um fundo de private equity, mas como acho melhor usar o termo em português, se pudesse arriscar uma tradução, um fundo de participações privadas.” Sugestão aceita, Dantas pôde viabilizar investimentos e consolidar seus negócios participando de boa parte das privatizações feitas no governo FHC. O que deveria ser gestão de recursos se tornou controle absoluto de empresas a partir de uma minoria acionária e um emaranhado de confecções de estruturas societárias. Mas contando também com a providencial ajuda dos fundos de pensão, uma relação que se explicitou a partir do chamado “escândalo dos grampos”.
Um diálogo gravado ilegalmente mostrava a disposição do governo em resolver os “problemas” decorrentes da negociação envolvendo a venda das empresas da área de telefonia.
– Está tudo acertado – dizia o então ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros – Mas o Opportunity está com um problema de fiança. Não dá para o Banco do Brasil dar?
– Acabei de dar – assegurava Ricardo Sérgio de Oliveira, diretor de relações internacionais do Banco do Brasil e com extrema influência na atuação do fundo de pensão do banco, a Previ. – Não é para a Embratel, é para a Telemar.
– Dei para a Embratel e 874 milhões para a Telemar. Nós estamos no limite da nossa irresponsabilidade. São três dias de fiança para ele – responde Ricardo Sérgio.
No caso da Telemar, a manobra não foi bem sucedida, mas Dantas conseguiu, com o apoio da Previ – fundo previdenciário dos funcionários do Banco do Brasil, o maior do país – e de outros fundos de estatais, arrematar o controle, até 1998, do porto de Santos, da Brasil Telecom, do Metrô do Rio, da Sanepar e da Cemig.
Mas a relação não seria um mar de rosas. Muitos conheceram a voracidade de Dantas no episódio da compra da Tele Centro-Sul, em que os fundos entraram com o dinheiro necessário para comprar ações preferenciais (sem direito a voto), a R$ 1 mil cada, enquanto uma empresa controlada “virtualmente” pelo advogado Luiz Raymundo Tourinho Dantas, pai do banqueiro, pagava R$ 1 por ação ordinária (com direito a voto), abocanhando 62% delas e o controle da companhia. Os fundos não gostaram do passa-moleque.
Em 2000, as relações iriam azedar ainda mais, em especial com a Previ. O fundo de pensão do Banco do Brasil viu assumir, pela primeira vez em sua história, os primeiros diretores eleitos entre os participantes – para administrar passivos, enquanto os negócios futuros se mantêm nas mãos dos indicados pelo governo até hoje. Essa possibilidade levou diretores ligados à oposição ao governo federal da época para cargos como a diretoria de Participações e de Administração.
Tal movimento foi responsável pelo início da briga para tirar do Opportunity o controle das empresas, efetivado mesmo na condição de sócio minoritário. As tentativas judiciais avançaram até junho de 2002. Um mês depois de uma reunião entre Dantas e o presidente da República Fernando Henrique Cardoso, foi divulgada a decisão de dissolver a diretoria da Previ. Entre os destituídos estavam três diretores eleitos, Sérgio Rosa, Arlindo Oliveira e Henrique Pizzolato, que depois seria diretor de marketing do Banco do Brasil e acusado de receber R$ 300 mil do valerioduto em 2005.
Depois da mudança de governo, Rosa assumiu a presidência do fundo e novas investidas foram feitas. Ainda em 2003, os fundos conseguem tirar Dantas do controle do CVC/Nacional e romper o “acordo guarda-chuva” que mantinha todos os votos de acionistas alinhados e exigia 90% dos votos para modificar a estrutura. No caso da Brasil Telecom, apesar de os fundos terem 49% das ações, não tinham sequer direito a voto no conselho de administração.
Sua esposa, Elena Landau, foi diretora de Desestatização do BNDES, posto assumido ainda no governo Itamar. Em entrevista ao site Bolsa Mulher realizada em janeiro de 2001, em que fala do seu gosto por casamentos, sobre como manter a forma e cuidar dos filhos na “loucura do dia-a-dia”, Landau arranja um espacinho para falar das privatizações: “Foi uma fase interessante porque precisávamos dar um empurrão. O negócio tinha que pegar e pegou. Aí eu fico muito satisfeita”, conta. “Tinha uma certa dúvida se o Itamar Franco ia dar continuidade. A gente começou a pensar em serviços públicos, começou a discutir a questão das agências reguladoras. Então, teve uma parte conceitual muito interessante de trabalhar e uma parte mesmo do dia-a-dia. É um desespero o dia-a-dia da privatização. Ela era uma coisa assim. Ao mesmo tempo que você tinha que vender uma empresa, você tinha que entender de avião e, do outro lado, você tem que entender de ferrovia. Você tinha que aprender um pouco de tudo. Era legal porque era uma época em que tinha uma confiança na questão da privatização.”
A saída do casal do governo (primeiro Arida, depois Landau) mostra como no Brasil a relação entre o público e o privado é algo sombrio. Arida, dez meses após deixar a presidência do Banco Central, passou a ser sócio de Dantas no Opportunity e a ocupar uma cadeira no Conselho da Vale do Rio Doce como representante do grupo. Já Landau ocupou uma vaga como representante da Southern Electric Participações do Brasil, consórcio formado pela Southern, AES e o grupo Opportunity, no conselho da Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) em 1997.
Mas Landau tinha razão quanto à popularidade da privatização à época do primeiro mandato de FHC. As estatais vendidas anteriormente eram tidas como modelo, já que seus balanços apresentavam números excelentes. Claro que não se incluía na discussão outros dados, como o investimento feito antes da venda e nem as condições pra lá de favoráveis proporcionadas aos compradores. Mas a opinião pública não tinha a aversão de hoje, que fez até o candidato tucano Geraldo Alckmin contradizer, nas eleições de 2006, o passado privatista de seu partido no poder.
Com a estabilidade econômica, FHC estava à vontade para aprovar no Congresso as mudanças necessárias para incrementar o programa instituído por Collor. Mas os mecanismos precisavam ser aperfeiçoados e, para isso, o governo conta com a colaboração do próprio Daniel Dantas, de acordo com relato dele próprio na CPI conjunta dos Correios/Mensalão, em 21 de setembro de 2005. O banqueiro contou que foi procurado em 1996 pelo Citibank, que estaria interessado em formar um fundo para investir no Brasil. “Foi-nos então dito que, para que essa iniciativa pudesse se concretizar, era necessário captar recursos institucionais, outros adicionais aos recursos que seriam investidos pelo Citibank. O volume de investimentos que eles fariam era expressivo e catalisaria e fomentaria outros investidores que nos acompanhariam nessas iniciativas. Havia uma perspectiva, que foi concretizada, de que pudéssemos trazer para o Brasil algo em torno de US$ 3 bilhões”, explicou Dantas à comissão. “Eu, em conjunto com os representantes do Citibank, fomos ao governo brasileiro, inicialmente ao presidente Fernando Henrique Cardoso, e pedimos e sugerimos que, se fosse possível, criar uma linha e uma estrutura que pudesse apoiar esse tipo de iniciativa. Fizemos uma primeira explanação do que se tratava esse tipo de fundo, que, em inglês, chama-se um fundo de private equity, mas como acho melhor usar o termo em português, se pudesse arriscar uma tradução, um fundo de participações privadas.” Sugestão aceita, Dantas pôde viabilizar investimentos e consolidar seus negócios participando de boa parte das privatizações feitas no governo FHC. O que deveria ser gestão de recursos se tornou controle absoluto de empresas a partir de uma minoria acionária e um emaranhado de confecções de estruturas societárias. Mas contando também com a providencial ajuda dos fundos de pensão, uma relação que se explicitou a partir do chamado “escândalo dos grampos”.
Um diálogo gravado ilegalmente mostrava a disposição do governo em resolver os “problemas” decorrentes da negociação envolvendo a venda das empresas da área de telefonia.
– Está tudo acertado – dizia o então ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros – Mas o Opportunity está com um problema de fiança. Não dá para o Banco do Brasil dar?
– Acabei de dar – assegurava Ricardo Sérgio de Oliveira, diretor de relações internacionais do Banco do Brasil e com extrema influência na atuação do fundo de pensão do banco, a Previ. – Não é para a Embratel, é para a Telemar.
– Dei para a Embratel e 874 milhões para a Telemar. Nós estamos no limite da nossa irresponsabilidade. São três dias de fiança para ele – responde Ricardo Sérgio.
No caso da Telemar, a manobra não foi bem sucedida, mas Dantas conseguiu, com o apoio da Previ – fundo previdenciário dos funcionários do Banco do Brasil, o maior do país – e de outros fundos de estatais, arrematar o controle, até 1998, do porto de Santos, da Brasil Telecom, do Metrô do Rio, da Sanepar e da Cemig.
Mas a relação não seria um mar de rosas. Muitos conheceram a voracidade de Dantas no episódio da compra da Tele Centro-Sul, em que os fundos entraram com o dinheiro necessário para comprar ações preferenciais (sem direito a voto), a R$ 1 mil cada, enquanto uma empresa controlada “virtualmente” pelo advogado Luiz Raymundo Tourinho Dantas, pai do banqueiro, pagava R$ 1 por ação ordinária (com direito a voto), abocanhando 62% delas e o controle da companhia. Os fundos não gostaram do passa-moleque.
Em 2000, as relações iriam azedar ainda mais, em especial com a Previ. O fundo de pensão do Banco do Brasil viu assumir, pela primeira vez em sua história, os primeiros diretores eleitos entre os participantes – para administrar passivos, enquanto os negócios futuros se mantêm nas mãos dos indicados pelo governo até hoje. Essa possibilidade levou diretores ligados à oposição ao governo federal da época para cargos como a diretoria de Participações e de Administração.
Tal movimento foi responsável pelo início da briga para tirar do Opportunity o controle das empresas, efetivado mesmo na condição de sócio minoritário. As tentativas judiciais avançaram até junho de 2002. Um mês depois de uma reunião entre Dantas e o presidente da República Fernando Henrique Cardoso, foi divulgada a decisão de dissolver a diretoria da Previ. Entre os destituídos estavam três diretores eleitos, Sérgio Rosa, Arlindo Oliveira e Henrique Pizzolato, que depois seria diretor de marketing do Banco do Brasil e acusado de receber R$ 300 mil do valerioduto em 2005.
Depois da mudança de governo, Rosa assumiu a presidência do fundo e novas investidas foram feitas. Ainda em 2003, os fundos conseguem tirar Dantas do controle do CVC/Nacional e romper o “acordo guarda-chuva” que mantinha todos os votos de acionistas alinhados e exigia 90% dos votos para modificar a estrutura. No caso da Brasil Telecom, apesar de os fundos terem 49% das ações, não tinham sequer direito a voto no conselho de administração.
4 comentários:
Caro João Ludgero,
Que diria o seu avô, o honestíssimo João Ludgero, um dos homens mais íntegros que este Cariri conheceu, se lesse esta ficção...
Ó mare,
Ó tempore!
Caro Armando, agradeço suas palavras em relação ao meu avô, e acredito que nas mesmas. Mas em relação ao texto de Anselmo Massad e Glauco Faria, e denominr de ficção, me deixa meio confuso, em quem acreditar? na VEJA ? ou na mídia independente?
Saudações
João Ludgero
Caro João,
Respeito, sinceramente, suas crenças ideológicas. Mas, reafirmo minha convicção de que o texto é um factóide. Ele se enquadra dentro do Manual do Petista Emperdenido. A ver:
MANUAL DO PETISTA EMPEDERNIDO
Por Gravataí Merengue
Você é um petista sem muito senso crítico? Você é daqueles que chega ao ponto de negar até mesmo a existência do Mensalão? Você não cede um milímetro, nem quando rola flagrante, com direito a filmagens, gravações, narração de Sílvio Luiz e comentários de Juarez Soares?
Então preste atenção nas dicas deste Manual:
1 - Negue
Como diria Maria Bethânia: Negue! Tem foto? Ah, você duvida. Filmagem? Bah, quem acredita nisso? Confissão? Xi... Certeza que forçaram o cara a dizer aquilo ou há algum interesse espúrio. A tática da negação é usada há séculos e você não pode ficar fora dessa! Aliás, você NÃO FICA fora dessa.
2 - Culpe a Imprensa
Ok, não dá para simplesmente "negar"? Então não fiscalize o fato, mas sim a imprensa. Se a denúncia é contra o PSDB/DEM, você divulga o escândalo e discute o caso em si; quando a denúncia é contra o PT, você discute a forma como a imprensa trata os acontecimentos. Um truque e tanto, não?
3 - Eleições
Uma forma de refutar acusações consiste em algo relativamente simples: diga que se trata de época eleitoral, ano eleitoral... E mesmo quando estamos em "anos ímpares", você pode dizer que é um aquecimento para o ano eleitoral vindouro. Não falha nunca! O Maluf sempre usa essa tática - usá-la seria uma forma dos petistas prestigiarem o talento estratégico desse aliado.
4 - Eterna Vítima
O PT está no Governo Federal. O PT controla os principais fundos de Pensão. O PT controla a Petrobrás. O PT é, portanto, o controlador de boa parte da grana nacional. MESMO ASSIM, toda e qualquer manifestação contra o partido deve ser vista como uma ameaça à população carente, uma agressão aos desprotegidos, um insulto aos descamisados etc etc etc.
5 - Teorias Conspiratórias
Este tópico é mais ou menos como o anterior, mas o PT não se vale apenas do eterno papel de vítima, mas também da capacidade criativa de seus dirigentes associada à receptividade mental de seus seguidores. Se foi possível convencê-los de que Fidel Castro é firmeza, convenhamos, é café pequeno contar alguma historieta do arco da velha para cercar os lourenços com estrelas vermelhas no peito.
6 - Adote "Teses Inimigas"
FHC, nos seus oito anos de Governo, montou uma base aliada um tanto "heterodoxa", bem como usou expedientes não exatamente republicanos para aprovar a Emenda da Reeleição. Na época, os petistas saíam às ruas com faixas "FORA FHC" (sem vírgula e sem exclamação, pra ficar uma coisa mais autêntica). O que faz o PT no poder? A mesma coisa. E como se defende? Entre outras baboseiras, usando as mesmas teses: "governabilidade", "todo mundo sempre fez isso" etc.
7 - Neoliberalismo "de Esquerda"
O PT usa políticas assistencialistas (uma invenção do fascismo), adota táticas não exatamente meigas para compor sua base governamental, mete-se em todo tipo de escândalos e AINDA POR CIMA emprega exatamente a mesmíssima política econômica anterior. Mas não há neoliberalismo. Por quê? Porque... HÁ MAIS ASSISTENCIALISMO! A desculpa do PT para não se dizer "de direita" consiste em defender os programas de origem fascista (não é piada nem sacanagem, a origem É MESMO FASCISTA). Em suma: para não se dizer "neodireita" os petistas endossam um programa da direita mais extrema, antiquada e autoritária. E o mais engraçado é que os programas JÁ EXISTIAM, e foram obviamente ampliados e melhorados.
Importante: Toda e qualquer opinião, manifestação ou mesmo piscadela oposicionista deve ser chamada de "golpista". É contra o Lula? Então é golpista. Simples assim. Eu sei que vocês andaram com faixas de "FORA FHC" (com essa pontuação, mesmo). Mas dane-se. Quem é contra FHC é democrata, quem é contra Lula é golpista.
Caro João,
O que disse sobre seu avô – João Ludgero Sobreira – é pura verdade.
Eu era jornalista do jornal “A Ação”, órgão da Diocese de Crato, quando fui testemunha de um fato. Creio que o ano era 1967. Houve um encontro dos prefeitos do Cariri, promovido pelo falecido jornalista Venelouis Xavier Pereira, proprietário do jornal “O Estado”.
Todos os prefeitos foram convidados para um jantar no então chic Restaurante Algo Mais.
Durante sua fala, o jornalista levantou suspeita sobre a honestidade do então presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castello Branco.
Todos os prefeitos presentes (e outras autoridades) ficaram calados. Uns riram um risinho amarelo. Todos não. O então prefeito de Lavras da Mangabeira – João Ludgero – que gozava a fama de ser integro e não levar desaforo para casa, pediu a palavra.
Parecia um leão. Exigiu do jornalista que exibisse as provas da grave acusação feita ao presidente da República.
O jornalista calou-se. Disse umas duas frases e encerrou a fala.
Depois, sem ter o que dizer, vingou-se, à sorrelfa, em meio a pequenos grupos chamando o leal e honrado prefeito de CORONEL LUDGERO.
(Coronel Ludgero era um humorista de Caruaru que fazia sucesso na época)...
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