Em terrenos
que ninguém enxerga
a mais tênue luz
olhos aguçados
desvendam a intensa névoa
revelando verdades.
Alma filosófica
que jamais será enterrada
sob o estrume da vaidade.
O amor descomunal
derrama-se do silêncio
ora bisturi, ora dedos
abarcando todo o vazio.
Palavras lançadas
como fogo -
para que o dia
se purifique .
Palavras como chuva -
para que a noite
branda se refaça.
A ausência da sua voz
torna o espaço deserto.
Crescem arbustos -
onde antes orquídeas.
Mas eis que sua espada
parte ao meio a dureza
do solo ressequido
e fértil a várzea brilha.
Alma filosófica
que jamais será perdida
em egocêntricos devaneios.
Sua espada é legíma,
seus olhos verdadeiros.
2 comentários:
"palavras como chuva" ...
Quando o manto do monstro sagrado enrola sua alma noutras plagas, um canteiro do blog , chora por uma gota de chuva !
Abraços, poeta Barroso!
Acho que nem o José do vale viu ainda esse poema, Barroso!
precisamos avisar a ele.
Abraços,
DM
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