22/12/2008 - 01h03
Jornais fazem campanha contra Chávez, diz governo venezuelano
da Efe, em Caracas
O governo venezuelano afirmou neste domingo que está sendo realizada uma campanha da imprensa internacional contra o governo do presidente Hugo Chávez através dos jornais dos Estados Unidos, Itália e Espanha.
Nicolás Maduro, ministro das Relações Exteriores, disse que essa campanha é liderada pelos jornais "Washington Post", dos EUA; "La Stampa", da Itália; e "El Mundo", da Espanha.
Maduro disse que o jornal americano disse esta semana que somente mediante a força ou a armadilha será aprovada a emenda constitucional para a reeleição presidencial contínua na Venezuela.
Ele acrescentou que o jornal italiano assegurou que os vôos Venezuela-Irã servem para transportar tecnologia militar e o espanhol colocou um suposto convênio entre organismos venezuelanos e a organização terrorista basca ETA para apoiar as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"É o começo de toda uma campanha mundial, porque o dito por estes jornais é recolhido e apresentado pelo resto da imprensa do mundo como se isso fosse verdade", assegurou o chefe da diplomacia venezuelana.
Maduro disse que será pedido o "direito de resposta" a esses três periódicos no mesmo nível no qual foram publicadas essas "falsidades" e se não o fizerem se recorrerá a anúncios de imprensa para contar a "verdade".
O chanceler venezuelano disse que a campanha é encorajada pelo "resto do governo do presidente (George W.) Bush", com o respaldo dos setores da extrema direita européia, especialmente espanhola e italiana.
"O que publicaram não é informação, é propaganda política, guerra política, é uma conspiração para apresentar o governo venezuelano como uma ditadura sendo, como é, um país absolutamente democrático e livre", expressou o chanceler.
O titular de Exteriores assegurou que no cenário desta campanha está a necessidade da extrema direita de tentar evitar a aprovação da emenda constitucional para que Chávez possa apresentar sua candidatura nas eleições presidenciais de dezembro do 2012.
O referendo sobre a emenda será realizado, segundo funcionários eleitorais, entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira de março de 2009.
Jornais fazem campanha contra Chávez, diz governo venezuelano
da Efe, em Caracas
O governo venezuelano afirmou neste domingo que está sendo realizada uma campanha da imprensa internacional contra o governo do presidente Hugo Chávez através dos jornais dos Estados Unidos, Itália e Espanha.
Nicolás Maduro, ministro das Relações Exteriores, disse que essa campanha é liderada pelos jornais "Washington Post", dos EUA; "La Stampa", da Itália; e "El Mundo", da Espanha.
Maduro disse que o jornal americano disse esta semana que somente mediante a força ou a armadilha será aprovada a emenda constitucional para a reeleição presidencial contínua na Venezuela.
Ele acrescentou que o jornal italiano assegurou que os vôos Venezuela-Irã servem para transportar tecnologia militar e o espanhol colocou um suposto convênio entre organismos venezuelanos e a organização terrorista basca ETA para apoiar as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"É o começo de toda uma campanha mundial, porque o dito por estes jornais é recolhido e apresentado pelo resto da imprensa do mundo como se isso fosse verdade", assegurou o chefe da diplomacia venezuelana.
Maduro disse que será pedido o "direito de resposta" a esses três periódicos no mesmo nível no qual foram publicadas essas "falsidades" e se não o fizerem se recorrerá a anúncios de imprensa para contar a "verdade".
O chanceler venezuelano disse que a campanha é encorajada pelo "resto do governo do presidente (George W.) Bush", com o respaldo dos setores da extrema direita européia, especialmente espanhola e italiana.
"O que publicaram não é informação, é propaganda política, guerra política, é uma conspiração para apresentar o governo venezuelano como uma ditadura sendo, como é, um país absolutamente democrático e livre", expressou o chanceler.
O titular de Exteriores assegurou que no cenário desta campanha está a necessidade da extrema direita de tentar evitar a aprovação da emenda constitucional para que Chávez possa apresentar sua candidatura nas eleições presidenciais de dezembro do 2012.
O referendo sobre a emenda será realizado, segundo funcionários eleitorais, entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira de março de 2009.
Um comentário:
(da revista Veja, edição 24/dez/2008)
Humor
Só faltou "Esteban"
Chefes de estado latino-americanos produziram muitas piadas
na Costa do Sauípe e nenhuma proposta de interesse dos seus
povos. Foi uma homenagem a Fidel, o "Comediante en Jefe"
Líderes de 33 países da América Latina e do Caribe reuniram-se na Costa do Sauípe, na semana passada, para sessões de banhos de mar e relaxamento em que o ponto forte foi um concurso de piadas. Como manda a boa etiqueta, o nível do humor foi ditado pelo anfitrião. O presidente Lula colocou a barra lá em cima. "Gente, por favor. Ninguém tire o sapato porque, aqui, como é muito calor, a gente vai perceber antes de alguém decidir jogá-lo, por causa do chulé", disse o presidente brasileiro, divertindo-se à custa do episódio recente em que George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, numa visita a Bagdá, teve de se desviar de um sapato arremessado por um jornalista iraquiano.
Na tentativa de manter o nível, Evo Morales, presidente da Bolívia, saiu-se com uma finíssima, ao melhor estilo Austin Powers: "Vamos dar um prazo ao novo governo dos EUA para suspender o bloqueio econômico a Cuba... Se não fizer isso... retiraremos os embaixadores", ameaçou o "Doctor Evo" do altiplano. Em gesto de estadista, diga-se a seu favor que ele nem cogitou acionar a marinha de guerra boliviana, preferindo, por enquanto, exercer apenas pressão diplomática sobre Washington. Evitou, assim, que uma piadinha pudesse dar origem a uma crise militar entre as duas potências.
Pena que não valia piada velha. "Doctor Evo" certamente teria repetido uma que sempre faz enorme sucesso. Ela envolve também os Estados Unidos, mas exige especial domínio de economia para ser entendida: "A queda do preço do petróleo foi um golpe do império contra Hugo Chávez". Falando no venezuelano Chávez, é claro que ele não poderia deixar Lula e Morales dominarem a cena em uma especialidade que, todos sabem, é dele. Não senhor! Bolivariano que se preze não perde concurso de piada. Chávez, então, disparou: "Cuba é a essência do coração e da dignidade dos povos da América Latina e do Caribe...". A piada só tem efeito cômico, claro, quando se esquece que a atual dupla de anciãos ditadores, Fidel e Raúl Castro, há meio século no poder, matou quase 100 000 cubanos – sem falar nos mortos de fome, de raiva e de tédio. Mas a platéia na Costa do Sauípe era bem selecionada, entendeu o espírito da coisa e Chávez saiu se até bem. Uma pena que só os ditadores cubanos e seus cupinchas podem sair da ilha. Se as pessoas comuns do povo cubano pudessem viajar, mais gente saberia que Fidel era chamado de "Comediante en Jefe". Mais gente saberia por que o apelido predileto dos cubanos para Fidel é "Esteban"... Nenhum cubano vai se arriscar a vir ao Brasil para ser preso pela polícia petista e repatriado, como aqueles pobres pugilistas dos Jogos Pan-Americanos, então nós contamos: "Esteban" é a abreviatura de "este bandido...!".
Referindo-se à América Latina, o presidente brasileiro disse: "Éramos um continente de surdos, que não nos enxergávamos". Não tem graça? Leia de novo.
Foi nesse momento que Rafael Correa, presidente do Equador, vislumbrou uma oportunidade. Correa escolheu como tema o calote que deu no Brasil e atacou: "Foi um problema comercial e econômico lamentavelmente transformado em problema diplomático". Em outro ambiente, teria levado uma sapatada... Mas a Bahia não é Bagdá, Correa não é Bush e todo mundo estava ali mesmo é para relaxar e se divertir. Parecia que o encontro caminharia para seu fim sem um vencedor inconteste. Não contavam com a astúcia de Chávez. Sua piada vencedora era algo reciclada, mas levou a platéia ao delírio: "O socialismo não está morto. Está mais vivo do que nunca. O que está morto é o capitalismo". Alguém jura ter ouvido de um concorrente inconformado com a derrota um lamento inaudível: "Vai sifu...!".
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