Aqui no Rio já me encontram as horas quase da madrugada: 23:54 horas. Aos últimos minutos do dia 16 de dezembro. Hora de trabalhador dormir. Amanhã o batente já se expõe ao sol na sua consistência rija e angulosa.
Como dizia já fechava o barraco quando a Socorro Moreira solta os odores da madrugada num comentário do curso musical da Claude Bloc. Ouvindo Frank Sinatra pela bondade deste irrequieto e intenso trabalhador Dihelson nas madrugadas da Rádio Chapada do Araripe. Um adendo: vocês não imaginam como me delicio com o reencontro dos nossos vocábulos nas voz do nosso locutor falando o prefixo da rádio - xxxápada do araripe. Mas porque aqui fiquei? É que Socorro falou no mito Tito Madi.
Pois seu Tito é um amigo da rua dos nossos dias. Lá em copacabana onde todos os dias íamos deixar os filhos na casa da avó. O Tito e sua cadela na rua Constante Ramos, num cantão que existe junto ao morro do Cabritos. Ele tem um sorriso que lembro de ter visto pessoalmente num outro músico brasileiro: Ciro Monteiro.
A primeira vez, pelo começo dos anos setenta, que fui a São Paulo. Sai do Rio no ônibus da meia noite e passei o dia andando no centrão da cidade indo até o museu do Ipiranga. São João, Vale do Anhaganbaú, Ipiranga, Praça da República, sim, claro em busca de alguma imagem perdida dos anos 60 na Rua Augusta. Estava eu e a Teresa andando em volta da Estação da Luz. Em frente a estação tem o parque e quis saber como se denominava. Olhei para a estação e havia uma fila de passageiros esperando por táxi. Nos dirigimos até lá para fazer a pergunta.
O primeiro senhor da fila eu perguntei. Ele, com um sorriso, explicou-se que não sabia, não era de São Paulo. Era o Ciro Monteiro. Fiquei tão emocianado que devolvi o riso em igual intensidade e disse era que um prazer falar com ele. Ele só sorriso. Me dirige para a Teresa e com entusiasmo a relembrei do Ciro, mas sem dizer o nome. Ela não o conhecia bem e ficou confusa. O Ciro rindo lembrou que aquele rosto era bem conhecido. A Teresa o cumprimentou, saímos na direção do parque e só então ela perguntou como era o nome daquela pessoa do Crato. Era o efeito da minha intimidade com o Ciro.
Mas voltando ao Tito Madi, um pequeno burguês, amigo dos porteiros, querido da vizinhaça, muito educado e dado a bater um agradável papo. Gostava de falar da sua cachorra que também sofria de epilepsia. Sempre que chegávamos na Constante seu Tito era uma referência. Tem uns dois anos que não o vemos, mudou-se para a vizinhança da rua 5 de julho.
"Rio Grande do Sul, vou me embora prá bem longe..."
Balança toda pra andar
Balança até pra falar
Balança tanto que já balançou
Meu coração
A noite está tão fria
Chove lá fora
E essa saudade enjoada
Não vai embora
Você botão de rosa
Amanhã na flor mulher
Jóia preciosa cada um deseja e quer
Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei
E que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples
Que você tocou...
Pronto respondi à Socorro.
Como dizia já fechava o barraco quando a Socorro Moreira solta os odores da madrugada num comentário do curso musical da Claude Bloc. Ouvindo Frank Sinatra pela bondade deste irrequieto e intenso trabalhador Dihelson nas madrugadas da Rádio Chapada do Araripe. Um adendo: vocês não imaginam como me delicio com o reencontro dos nossos vocábulos nas voz do nosso locutor falando o prefixo da rádio - xxxápada do araripe. Mas porque aqui fiquei? É que Socorro falou no mito Tito Madi.
Pois seu Tito é um amigo da rua dos nossos dias. Lá em copacabana onde todos os dias íamos deixar os filhos na casa da avó. O Tito e sua cadela na rua Constante Ramos, num cantão que existe junto ao morro do Cabritos. Ele tem um sorriso que lembro de ter visto pessoalmente num outro músico brasileiro: Ciro Monteiro.
A primeira vez, pelo começo dos anos setenta, que fui a São Paulo. Sai do Rio no ônibus da meia noite e passei o dia andando no centrão da cidade indo até o museu do Ipiranga. São João, Vale do Anhaganbaú, Ipiranga, Praça da República, sim, claro em busca de alguma imagem perdida dos anos 60 na Rua Augusta. Estava eu e a Teresa andando em volta da Estação da Luz. Em frente a estação tem o parque e quis saber como se denominava. Olhei para a estação e havia uma fila de passageiros esperando por táxi. Nos dirigimos até lá para fazer a pergunta.
O primeiro senhor da fila eu perguntei. Ele, com um sorriso, explicou-se que não sabia, não era de São Paulo. Era o Ciro Monteiro. Fiquei tão emocianado que devolvi o riso em igual intensidade e disse era que um prazer falar com ele. Ele só sorriso. Me dirige para a Teresa e com entusiasmo a relembrei do Ciro, mas sem dizer o nome. Ela não o conhecia bem e ficou confusa. O Ciro rindo lembrou que aquele rosto era bem conhecido. A Teresa o cumprimentou, saímos na direção do parque e só então ela perguntou como era o nome daquela pessoa do Crato. Era o efeito da minha intimidade com o Ciro.
Mas voltando ao Tito Madi, um pequeno burguês, amigo dos porteiros, querido da vizinhaça, muito educado e dado a bater um agradável papo. Gostava de falar da sua cachorra que também sofria de epilepsia. Sempre que chegávamos na Constante seu Tito era uma referência. Tem uns dois anos que não o vemos, mudou-se para a vizinhança da rua 5 de julho.
"Rio Grande do Sul, vou me embora prá bem longe..."
Balança toda pra andar
Balança até pra falar
Balança tanto que já balançou
Meu coração
A noite está tão fria
Chove lá fora
E essa saudade enjoada
Não vai embora
Você botão de rosa
Amanhã na flor mulher
Jóia preciosa cada um deseja e quer
Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei
E que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples
Que você tocou...
Pronto respondi à Socorro.
3 comentários:
José do Vale,
Gostei de ler o que escreveu, mas isso não é novidade. Tenho sentido porém falta de seus comentários, muito embora eu saiba (ou imagine) que pouco tempo lhe reste para isto.
Mas isso não é uma exigência... (risos)
O que gostaria mesmo era que você lesse um e-mail que lhe mandei há uns dois dias.Preciso que me dês uma resposta um pouco urgente.
Abraço,
Claude
Tito, Ciro e João Donato têm o mesmo sorriso.
"Teus olhos
São duas contas pequeninas
guias do meu caminho escuro
que brilham mais que o luar ...
Sorriu para mim
Não disse nada porém
Fez um jeitinho
de quem quer voltar...
Mentira
foi tudo mentira
você não me amou ...
Ah, você está vendo só
do jeito que eu fiquei
e que tudo ficou ...
Até um dia
até talvez
até quem sabe ...
Deixa
Ciro Monteiro
Deixa
Fale quem quiser falar, meu bem
Deixa
Deixa o coração falar também
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Então a gente
Deixa, deixa,deixa
Deixa
Ninguém vive mais do que uma vez
Deixa
Diz que sim pra não dizer talvez
Deixa
A paixão tambem existe
Deixa
Não me deixe ficar triste
Deixa
A paixão também existe
Deixa
Não me deixe ficar triste
Senhor Josè do Vale , sua lembrança foi seringa na minha veia !
(risos)
*Teus olhos
São duas contas pequeninas
Qual duas pedras preciosas
Que brilham mais que o luar
São eles
Guias do meu caminho escuro
Cheio de desilusão
E dor
Quisera que eles soubessem
O que representam pra mim
Fazendo
Que eu prossiga feliz
Ai, amor
A luz dos teus olhos
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