Meu peito arde,
não confio em bruxas
não confio em sacerdotisas
não confio em deusas.
Sou um selvagem ateu
que só pensa no seu umbigo.
Que só cheira seu excremento.
Que queria de mim?
Não assisto a novelas.
Não confio na mente
não confio no coração
não confio na alma.
Sou um niilista egoísta
que só olha pros seus olhos.
O espelho embaça.
Não creio em espelhos embaçados.
Que queria de mim?
Não gosto de lavar pratos.
Meu peito pensa muito e arquiteta
planos suicidas com a outra.
Não confio em esposas.
Não confio em irmãs.
Não confio nas mulheres.
Não me envergonho
dos meus pensamentos tortos
nem dos meus omissos atos.
Sou um duende manco
um franco atirador
um porco diante da faca
um peixe com o semblante assustado.
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