A Diocese de Garanhuns (PE) reabriu, há algum tempo, o processo de canonização de Dom Expedito Lopes, assassinado, a 1º de julho de 1957, como bispo daquela diocese, com três tiros à queima roupa, disparados por um sacerdote a ele subordinado. O motivo de tão bárbaro crime foi o fato de Dom Expedito Lopes ter destituído o padre homicida de suas funções paroquiais, em face do infeliz sacerdote levar uma vida dissoluta, causando escândalo aos seus paroquianos.
A rapidez que se espera no processo de beatificação de Dom Expedito se justifica pelo fato desse bispo ter sido considerado um mártir do dever, o que, pelas normas do Direito Canônico, tem tanto valor quanto os milagres exigidos para comprovar a santidade de um candidato a santo da Igreja Católica.
Quem foi
Dom Francisco Expedito Lopes nasceu na vila de Meruoca, município de Sobral, no Ceará, no dia 8 de julho de 1914. Foi aluno do Seminário da Prainha, em Fortaleza, onde foi colega e contemporâneo dos monsenhores Pedro Rocha e Francisco Holanda Montenegro, ambos integrantes da diocese de Crato. Quando era bispo de Oeiras (PI), dom Expedito gostava de viajar para o Crato, onde possuía alguns amigos no clero de nossa cidade, e se hospedava no Seminário São José. Tinha particular afeição por Monsenhor Ágio Augusto Moreira, a quem levou, em diversas ocasiões durante as férias escolares do Seminário São José, para auxiliá-lo tanto na Diocese de Oeiras, como na Diocese de Garanhuns.
O então jovem Padre Expedito Lopes ordenou-se em Roma, no dia 30 de outubro de 1938 e, exatos dez anos depois, em 30 de outubro de 1948, era nomeado bispo de Oeiras (Piauí), onde foi, durante seis anos, grande servidor dos pobres, com profundo ardor missionário comprovado no seu ministério pastoral. Em 10 de fevereiro de 1955 foi transferido para a Diocese de Garanhuns. Ali fundou o Instituto das Missionárias de Nossa Senhora de Fátima no Brasil.
Ali, Dom Expedito Lopes foi :
“ o bispo dos Pobres
o bispo do coração mariano
o bispo do perdão"
Exerceu com sabedoria e amor o ministério de Pastor da Diocese de Garanhuns durante dois anos. Viveu a solicitude do Bom Pastor do seu povo, dedicado missionário. Homem de oração. Iluminou sua vida com uma profunda devoção a Nossa Senhora. Destacou-se pela Oração e Penitencia, simplicidade, recolhimento, austeridade consigo mesmo, forte zelo pela Igreja, confirmado pela firmeza de fé e amor em plenitude.
As últimas horas de sua vida foram de oração intensa e testemunho de fé. Rezando profundamente enfrentou com coragem a morte, momentos que revelaram uma vida toda fundamentada na Palavra do Senhor. Dom Expedito experimentou a alegria de perdoar a pessoa que o feriu e ofereceu sua vida pela conversão do sacerdote que o assassinou”.
Dom Expedito Lopes deixou escrito no seu testamento: “Nasci pobre, vivi sempre pobremente e na esperança de vir a morrer sem dinheiro, sem dívidas e sem pecados nada mais tenho a pedir senão que rezem muito para que Nosso Senhor nos conceda SANTOS SACERDOTES”.
Parecia até a premonição do seu martírio, pelas mãos de um padre, seu subordinado...
Para o Brasil, para o Ceará e também para a Diocese do Crato, a quem visitou muitas vezes, é gratificante saber que um Santo viveu em nosso meio. Um santo que soube morrer bem porque viveu bem, e que exalou seu último suspiro, repetindo a frase de São Paulo na Segunda Epístola a Timóteo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé...”
A rapidez que se espera no processo de beatificação de Dom Expedito se justifica pelo fato desse bispo ter sido considerado um mártir do dever, o que, pelas normas do Direito Canônico, tem tanto valor quanto os milagres exigidos para comprovar a santidade de um candidato a santo da Igreja Católica.
Quem foi
Dom Francisco Expedito Lopes nasceu na vila de Meruoca, município de Sobral, no Ceará, no dia 8 de julho de 1914. Foi aluno do Seminário da Prainha, em Fortaleza, onde foi colega e contemporâneo dos monsenhores Pedro Rocha e Francisco Holanda Montenegro, ambos integrantes da diocese de Crato. Quando era bispo de Oeiras (PI), dom Expedito gostava de viajar para o Crato, onde possuía alguns amigos no clero de nossa cidade, e se hospedava no Seminário São José. Tinha particular afeição por Monsenhor Ágio Augusto Moreira, a quem levou, em diversas ocasiões durante as férias escolares do Seminário São José, para auxiliá-lo tanto na Diocese de Oeiras, como na Diocese de Garanhuns.
O então jovem Padre Expedito Lopes ordenou-se em Roma, no dia 30 de outubro de 1938 e, exatos dez anos depois, em 30 de outubro de 1948, era nomeado bispo de Oeiras (Piauí), onde foi, durante seis anos, grande servidor dos pobres, com profundo ardor missionário comprovado no seu ministério pastoral. Em 10 de fevereiro de 1955 foi transferido para a Diocese de Garanhuns. Ali fundou o Instituto das Missionárias de Nossa Senhora de Fátima no Brasil.
Ali, Dom Expedito Lopes foi :
“ o bispo dos Pobres
o bispo do coração mariano
o bispo do perdão"
Exerceu com sabedoria e amor o ministério de Pastor da Diocese de Garanhuns durante dois anos. Viveu a solicitude do Bom Pastor do seu povo, dedicado missionário. Homem de oração. Iluminou sua vida com uma profunda devoção a Nossa Senhora. Destacou-se pela Oração e Penitencia, simplicidade, recolhimento, austeridade consigo mesmo, forte zelo pela Igreja, confirmado pela firmeza de fé e amor em plenitude.
As últimas horas de sua vida foram de oração intensa e testemunho de fé. Rezando profundamente enfrentou com coragem a morte, momentos que revelaram uma vida toda fundamentada na Palavra do Senhor. Dom Expedito experimentou a alegria de perdoar a pessoa que o feriu e ofereceu sua vida pela conversão do sacerdote que o assassinou”.
Dom Expedito Lopes deixou escrito no seu testamento: “Nasci pobre, vivi sempre pobremente e na esperança de vir a morrer sem dinheiro, sem dívidas e sem pecados nada mais tenho a pedir senão que rezem muito para que Nosso Senhor nos conceda SANTOS SACERDOTES”.
Parecia até a premonição do seu martírio, pelas mãos de um padre, seu subordinado...
Para o Brasil, para o Ceará e também para a Diocese do Crato, a quem visitou muitas vezes, é gratificante saber que um Santo viveu em nosso meio. Um santo que soube morrer bem porque viveu bem, e que exalou seu último suspiro, repetindo a frase de São Paulo na Segunda Epístola a Timóteo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé...”
5 comentários:
Armando,
Apesar de ter apenas 7 anos, lembro perfeitamente da figura de D. Expedito. O vi pelo menos em duas ocasiões. Uma delas na Livraria Católica, pertencente ao Tio Zé do Vale e ao Professor Vieira, e a outra na Casa da minha avó Paterna, no sítio Batateira. Recordo também a comoção que seu assassinato causou nas casas das minhas duas avós. Talvez por isto o episódio tenha me marcado e despertado interesse. Vc sabia que a história só registra 3 crimes desta natureza? O anterior (2º) ocorreu exatamente 100 anos antes, na França, se não me engano. O outro foi na espanha, na idade média. Outro detalhe é que os dois padres anteriores eram reconhecidamente loucos. Não sei porque o Padre Hosana não foi atestado como tal, pois tinha tudo para ser. A propósito, e o seu telefone e email? Pode deixar com minha mãe. Joaquim Pinheiro
Caro Joaquim:
Seu comentário agrega informações ao meu articuleto.Obrigado.
Padre Ágio está concluindo um livro sobre Dom Expedito contendo impressões da convivência que teve com ele.
Estive na catedral de Garanhuns e visitei a sepultura de Dom Expedito.Aqui chegando tive vontade de escrever algo sobre ele.
Deixarei na casa de Dona Almina o solicitado.
Saúde e bem estar
Armando
Ainda que um garoto, já me sentia articulado com os fatos da minha pré-adolescência. Hoje sou um economista, profissionalmente bem sucedido. Lembro intensamente de uma das minhas tias sofrendo cercada de muitas mulheres, tentando dar a luz o seu primeiro filho. Não conseguia. O meu avô mandou buscar um dos médicos da cidade. Ele chegou e assumiu o comando do parto.Depois de algum tempo chamou o meu avô ecomunicou-lhe da grave situação da parturiente, que já esgotada não consegiuia parir o menino. Meu avô mandou chamar um segundo médico, e os dois então puxaram a criança.Mãe e filho estávam salvos.Enquanto isso rezas, e cantos eram realizados em frente a uma fotografiade Dom Expedito, pedindo-se um milagre.O nome do garoto tem o segundo nome Expedito. O segundo médico era inimigo político do pai do garoto, ainda assim adentrou o casarão e agiu corretamente. Hoje o garoto é um deputado. Este relato é verdadeiro e aconteceu na cidade de Oeiras-pi. E eu vivi intensamente a movimentação deste nascimento. Se foi milagre eu não sei, nem quero saber, mas que a invocação a imagem e memória do bispo foi intensa, isso foi. Já faz uns 46 anos esta página da minha vida.
Armando, boa tarde. Achei por acaso seu texto na internet.Parabéns. Relembrei-me que durante minha infancia por diversas veses ouvi o nome de Dom Expedito. Ele foi primo legítimo de meu pai (hoje falecido e também nascido em Sobral) e veio a ser padrinho de batismo de meu irmão, que hoje tem 56 anos.Aguardo pela publicação do livro Pe. Ágio. Sou ex-seminarista e hoje moro em BH/MG. Abraços.
Sempre admirei a pessoa de Dom Expedito. Apesar de muito jovem, tive o privilégio de confessar com ele e receber o sacramento da Eucaristia quando fiz a primeira comunhão. Um homem calmo, defensor dos pobres, positivo e grande missionário. Rezo sempre por ele.
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