Contarei mais um segredo:
tenho outra alma.
E essa alma vem com a chuva.
Uma andorinha com as patinhas
sobre o fio de alta tensão -
não leva choque
nem está tristonha.
Os pingos da chuva
batem nela - e seu bico
sequer treme.
Pensativa,
em êxtase -
só espia.
E lá embaixo um lamaçal.
Tenho outra alma -
assanhada vem com a chuva.
Meu corpo sabe das suas exigências:
outra voz,
nova plumagem,
uma sopinha quente.
tenho outra alma.
E essa alma vem com a chuva.
Uma andorinha com as patinhas
sobre o fio de alta tensão -
não leva choque
nem está tristonha.
Os pingos da chuva
batem nela - e seu bico
sequer treme.
Pensativa,
em êxtase -
só espia.
E lá embaixo um lamaçal.
Tenho outra alma -
assanhada vem com a chuva.
Meu corpo sabe das suas exigências:
outra voz,
nova plumagem,
uma sopinha quente.
2 comentários:
Eu acredito nos desdobramentos da alma...
Lindo poema !
Poeta,
Que o fogo queime a sarça que não consome:
a poesia sagrada dos deuses.
Grande abraço, irmão-camarada!
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