O figos estão verdes meu caro
E não adianta fomento colhê-los
Desde a primeira dentada o dente não brilha
O ar não infesta de cheiro
O doce é muito raro
As figueiras pendem ao som dos vendavais
Prenúncio de chuvas, ânsia no peito
A terra carece dançar alegre
Com seu corpo em febre pelo fogo de mil carnavais
E chega assim cada gota tingindo a terra
E sorrí a folha que se faz lavada
Sorrí o caule, todo corpo, enfim a gleba
Sorrí todo mundo numa dança para frutificar
Para o nascer do fruto, para a razão de tua dentada
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