E quem diz do espectro do homem moderno?
E quem fala das danças das fadas de facas em punho?
Quem canta aos brados seus mortos no inferno?
E inferno é estar num coração vagabundo?
Quem surge das cinzas e dos nacos de nuvens?
Quem surge da gota do sangue que infecta?
Quem trepa nos galhos, nos paus atrás dos muros?
Que espinhos a tua retina espeta?
Que leis que te regem, te apedrejam no escuro?
Que curas, que asas tu espera que te levem?
Quem pensas que sois covarde, em cima de um muro,
Que há tempos o entulho só espera que o carreguem?
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