A paz é fruto da justiça
"A paz é fruto da justiça" destaca o lema da campanha
é apelo para lembrar os homens e mulheres deste país
que não se pode ter segurança sem justiça,
principalmente a social
Como vem acontecendo desde 1964, a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil sempre escolhe temas oportunos para as campanhas da fraternidade. Para este ano, o assunto em questão é “Fraternidade e Segurança” com o lema: “A paz é fruto da justiça”. Segurança pública é o problema que, a cada dia, atinge os brasileiros que, diariamente, convivem com a espiral crescente da violência que golpeia lares de todos os recantos do País.
O problema atinge níveis de calamidade pública e as perspectivas são ainda piores caso as autoridades constituídas e a sociedade de uma maneira geral não enfrentem o problema com a atenção e a urgência necessárias.
Embora os temas variem de ao para ano, vale a pena lembrar os objetivos permanentes da campanha, surgidos sob a égide do Concílio Vaticano II: despertar o espírito comunitário na Igreja Católica, comprometendo, particularmente, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho; e renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.
De acordo com a Igreja Católica, A reflexão acerca do tema escolhido não deve permanecer restrita aos atos cerimoniais. A promoção e o desenrolar da Campanha devem acontecer também na catequese, nos encontros de grupos de famílias, na mídia, em debates públicos, em palestras, seminários e cursos.
Despertar, educar e renovar. Palavras bem condizentes com a realidade da segurança (ou insegurança) no Brasil nos dias de hoje e que se adaptam bem ao que estabelece a Constituição de 1988: a segurança pública é um dever do Estado e um direito e responsabilidade de todos.
“A paz é fruto da justiça” destaca o lema da campanha. É apelo para lembrar os homens e mulheres deste país que não se pode ter segurança sem justiça, principalmente a social. É evidente, no entanto, que o problema da segurança pública deve ser enfrentado sob dois primas importantes: a questão estrutural e o aspecto conjuntural, isto é, a resolução dos graves problemas de infra-estrutura da sociedade que leva as pessoas à violência e ao crime, organizado ou não; e a abordagem emergencial: providências imediatas para conter o descalabro que assola todos os recantos do País.
Tudo isso, no entanto, passa pelos seguintes passos apregoados pela Campanha da Fraternidade: despertar, educar e renovar a sociedade para a tragédia da violência e da criminalidade no Brasil. Que todos reflitam e comecem a agir no sentido de modificar o quadro perverso que se observa no cotidiano das grandes e pequenas cidades e também no campo.
(Fonte: jornal O POVO)
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