TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 22 de fevereiro de 2009


Os sinos não tocam no lugar onde se espera que toquem. Ódio guardado em caixas de vidro translúcidos. Morte indolor é a meta. A cidadela apodrecendo desde o alicerce. A família aprisionada em frente a uma tela de dezessete polegadas. Postais do camboja onde um menino se finge de morto e rói os cotovelos como se fome fosse. Na casa da esquina um copeiro de roupa estranha. No meio da rua a lama da última chuva. Até os não sofisticados suicidam-se aos poucos com pílulas de felicidade temporã. Deus, em sua suprema bondade, deve estar fazendo alguns ajustes no tal do paraíso.

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