Sem que ninguém saiba
acompanho meus duendes noturnos.
Secreção nasal, ouvidos atentos.
Esqueci do comprimido que tomei.
Não me deu barato,
bolinhas coloridas -
coisinhas e tal.
Tão lúcido
quanto o velho da aldeia
prossigo minha caminhada.
Escorrego em calçadas enfeitadas
com retalhos de cerâmicas.
Os pés fora dos chinelos
têm outra vida.
E se for de madrugada
o piso do quarto mais frio.
Assovio pelo nariz -
essa gripe criando alma
dentro das minhas narinas.
Um comentário:
Como diria Geraldo Urano: Salute poeteiro!
Poeta-Camarada, saúde e paz!
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