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sábado, 7 de março de 2009

Arnaldo Jabor fala sobre a Excomunhão


Lá do fundo da idade média, esse arcebispo declarou: “A lei de Deus está acima de qualquer lei humana”.
Mas quem fez as leis de Deus senão homens, como bispos e papas…
Foi uma lei de Deus como quando queimaram mulheres vivas como a Santa Joana D’Arc?
Esse pensamento dogmático, inquisitorial, só afasta a igreja católica do mundo moderno.
Nós tivemos papas progressistas e bons, como João XXIII ou João Paulo II, que era conservador, mas amava os desvalidos.
Logo agora que a história está tão cruel, agora que os homens precisam de uma religião protetora, agora que precisávamos da doçura da igreja, temos os olhos frios de Bento XVI.
Daí o sucesso de exploradores dos pobres, como tantos bancos de dízimos, os supermercados da fé…
A igreja é contra anticoncepcionais, é contra o homossexualismo, é desatenta para tantos casos de pedofilia que surgiram entre padres, assim como foi vacilante no caso daquele bispo que disse outro dia que não houve holocausto de judeus.
Os excomungados de Olinda não devem ter medo. Deus está vendo e está com eles.
Certamente não está com esse inquisidor, o arcebispo José Cardoso Sobrinho.


Fonte: Jornal da Globo

2 comentários:

Armando Rafael disse...

Dom José esclarece que aborto é causa de excomunhão automática

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, se pronunciou ontem, 5, sobre o caso da menina que ficou grávida aos 9 anos violentada pelo padrasto em Recife e que por autorização da mãe, teve a gestação interrompida. Internada na última terça-feira, 3, ela recebeu doses de um medicamento para interromper a gravidez.

Em entrevista à Canção Nova, o arcebispo mostrou-se mais uma vez contrário ao aborto, já que o Código de Direito Canônico diz que todos aqueles que conscientemente se envolvem num processo de interrupção da vida, como neste caso, estão automaticamente excomungados da Igreja Católica.

Dom José também ressaltou que a excomunhão não é algo irreversível. Basta que a pessoa se arrependa e procure se confessar com um bispo.

1) noticias.cancaonova.com - O que é a excomunhão?

- Dom José Cardoso - A excomunhão é uma penalidade grave e significa que a pessoa que cometeu determinado delito está excluída, não está em comunhão com a Igreja. Ou seja, não pode receber os sacramentos antes de se arrepender e pedir perdão. E não é uma expulsão da Igreja para sempre. Existem tantos pecados graves pelo mundo inteiro e não é aplicada a excomunhão. Por exemplo: um homicídio, como acontece todos os dias, é um pecado gravíssimo, mas não está excomungado.

A Igreja, pensando nos bens espirituais, considera o aborto gravíssimo e, então, estabeleceu essa penalidade. É importante recordar que se trata de uma penalidade automática, uma sentença já proferida. Estou insistindo isso porque, infelizmente, difundiram pelo Brasil afora, que Dom José Cardoso excomungou a menina de 9 anos. Tudo é falso. Eu não excomunguei ninguém. Quem excomungou foi a Lei da Igreja.

Está escrito no Código de Direito Canônico que qualquer pessoa que comete o aborto está automaticamente excomungada. Então, simplesmente eu expus isso para lembrar que não é somente esse caso aqui de Recife. Nós sabemos que, no Brasil, infelizmente acontecem, a cada ano, 1 milhão de abortos. É um absurdo. Eu simplesmente relembrei esta lei.

2) noticias.cancaonova.com - Em quais casos a excomunhão é prevista pela Igreja?

- Dom José Cardoso - A Doutrina Moral da Igreja procura catequizar e preparar os fiéis para viverem de acordo com a Lei de Deus. Nós estudamos o Catecismo da Igreja Católica, aprendemos os Dez Mandamentos e o 5º Mandamento diz "Não matar". Isto é, nenhum ser humano tem direito de tirar a vida de outro.

Agora tratando-se de tirar a vida de um inocente que ainda não nasceu, o caso do aborto, a Igreja diz que é um delito muito mais grave e, por isso, a Igreja estabeleceu para este delito esta pena de excomunhão, que se chama "master sentença", quer dizer é automática, já incorreu.

Quando alguém na sociedade comete um crime, digamos um assalto, um homicídio, não está na mesma hora punido, não. Ele vai ser colocado na prisão, vai ser um processo e, no final, o juiz determina e aplica a pena. Isto na sociedade do mundo inteiro.

Agora, dentro da Igreja, porque nós acreditamos na vida espiritual, a autoridade eclesiástica tem este direito de aplicar uma pena automática, que se chama excomunhão, quer dizer, excluído da comunhão com a Igreja. Mas também, esta penalidade não é para a vida eterna, não, a pessoa tem possibilidade de voltar, de se converter e a Igreja absolve.

Quer dizer, é uma lei da Igreja que, eu gostaria de lembrar, também está escrita no Código de Direito Canônico e está explicada no Catecismo da Igreja Católica* (CIC), este livro tão importante que o Papa João Paulo II colocou em nossas mãos. Qualquer pessoa, bem instruída em religião, vai encontrar no Catecismo da Igreja Católica o que estou dizendo agora, escrito para todos os fiéis do mundo.

3)noticias.cancaonova.com - Como o senhor avalia a interpretação dada pela imprensa sobre este caso?

- Dom José Cardoso - Estão dando uma interpretação errônea. Estão dizendo que eu excomunguei e, isso é totalmente errôneo. Eu simplesmente expliquei, declarei o que aconteceu: "Que quem comete o delito do aborto, está automaticamente excomungado". Mesmo que ninguém soube, está excomungado.

Quando ele se aproximar da Igreja para receber o perdão e confessar o cometido, o padre ou o bispo poderá absolver primeiro da excomunhão e depois do pecado. Este é o sistema da Igreja desde o começo, desde o primeiro século**. E está tão bem explicado neste livro maravilhoso chamado Catecismo da Igreja Católica.

Armando Rafael disse...

No Uruguai o Arcebispo exomundou os deputados que votaram a favor do aborto e não houve celeuma nenhuma. A ver:
Deputados que votem a favor do aborto no Uruguai ficarão excomungados

O Arcebispo de Montevidéu, Dom Nicolás CotugnoMONTEVIDÉU, 03 Nov. 08 / 01:38 pm (ACI).- O Arcebispo de Montevideu, Dom Nicolás Cotugno, declarou ao jornal El País que os deputados que amanhã votem a favor da legalização do aborto incorrerão em excomunhão automática, e precisou que “os valores do ser humano não se plebiscitam, são anteriores à razão humana, à liberdade”.
Ante a votação na Câmara de Deputados sobre a lei de saúde reprodutiva, que inclui a descriminalização do aborto, o Arcebispo explicou que no direito canônico figura “que todo aquele que vote, apóie, promova o aborto entra de fato na excomunhão. E é uma excomunhão, conforme diz o direito canônico, que atua imediatamente. Excomungados ipso facto”.
Do mesmo modo, explicou que a Igreja “está inquieta porque o que acontece no Uruguai, em Montevideu, tem repercussão em toda a América Latina. Pode ser um elemento emblemático para situações similares”.
“Por trás disto há interesses, tudo o que veio do Norte, das reuniões do Cairo, de Beijing. A ONU –é tremendo– é a que impulsiona a descriminalização do aborto e o que é esta visão distinta e contrária à família e à tradição da humanidade. Nunca houve um questionamento a respeito da natureza da família como a célula primitiva da sociedade”, indicou.
Neste sentido, precisou que “não se trata –e o sublinho– de questões religiosas. Trata-se de uma realidade natural que faz à humanidade inteira que deriva suas concepções, não de supostos ideológicos ou culturais, porém de princípios naturais que precedem o próprio existir do ser humano. Se nós desvirtuarmos o denominador comum da natureza humana, pergunto a todos meus irmãos: Que referente universal pode existir na humanidade que assegure os direitos humanos? Que direito humano mais fundamental do que o de nascer e de viver? Quem é outro ser humano para dizer ‘você não vai viver, não têm o direito de nascer, tem que morrer’?”
O Prelado expressou sua confiança em que o Presidente Tabaré Vásquez vete a medida se obtiver aprovação na Câmara. “Acredito que é uma pessoa de palavra. Não tenho motivos para pensar que vá mudar de opinião”, assinalou.
O Arcebispo também considerou que “se quisermos sair desta crise que é a mais aguda de nossa história –que não é só de pesos ou de portos que se abrem ou se fecham– que é uma crise antropológica da que se desprendem conseqüências que todos estamos constatando diariamente: a violência, a droga que destrói, devemos nos apoiar nesses valores”.
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EM TEMPO: A DESCREMINILIZAÇÃO DO ABORTO FOI APROVADO PELO CONGREGSSO URUGUAIO, MAS O PRESIDENTE ESQUERDISTA ALVARO TABARÉS, VETOU A LEI.
O presidente escapou de ser escomungado. entretanto, a maioria dos parlamentares, não.
E a vida continua...