TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 28 de maio de 2009

REVIGORANDO À MEMÓRIA!

As privatizações fraudulentas das Telecomunicações

• Superfaturamentos, envio de dinheiro para paraísos fiscais, privatizações financiadas com dinheiro público e promíscuas relações envolvendo o governo federal e a iniciativa privada. Essa é a síntese da privatização da Telebras.O escândalo da espionagem da Kroll não é o primeiro e, provavelmente, não será o último relacionado ao processo de privatização das Telecomunicações do país. Conhecida como a maior privatização já realizada, foi também uma enorme fonte de maracutaias.O sistema Telebras foi vendido em 1998, por R$ 22 bilhões a diversas empresas, a maioria estrangeira, a um valor muito abaixo das primeiras estimativas feitas pelo governo FHC, que chegavam a R$ 35 bilhões. Preparando-se para vendê-la, o governo FHC, nos dois anos anteriores à privatização, investiu cerca de R$ 21 bilhões em infra-estrutura no setor de Telecomunicações. Durante a venda, o governo “emprestou”, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mais R$ 8 bilhões do dinheiro público para empresas privadas poderem “comprar” a Telebrás, tendo, portanto, um enorme prejuízo.A explicação para isso é simples: acossado pela fuga de capitais de banqueiros e especuladores na crise de 1998, o governo via na venda da Telebras uma oportunidade para captar dólares e adiar a crise do Real até as eleições daquele ano e garantir sua reeleição.Os escândalosSemanas depois da privatização, a mídia do país revelava gravações em que o então ministro tucano das Telecomunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros e o presidente do BNDES, André Lara Resende, conversavam com lobistas e revelavam informações privilegiadas para grupos que participavam do negócio. Nessas gravações, o governo do PSDB privilegiava o grupo Opportunity na compra da Tele Norte-Leste. O próprio FHC, na época, pressionou o Fundo de Pensão do Banco do Brasil – Previ – a se associar ao consórcio liderado pelo banco Opportunity de seu amigo Daniel Dantas.Da divisão da Telebras surgiram 12 empresas, sendo 8 de telefonia celular, que estabeleceram o mando e o desmando do monopólio privado no setor. A tal “universalização” das Telecomunicações, propagada por FHC, revelou-se uma farsa. Durante a privatização da Telebras, o governo autorizou que todos os contratos de concessão fossem corrigidos pelo IGP-M, ou seja, permitindo às empresas impor reajustes muito acima da inflação. O resultado é que as tarifas subiram cerca de 512%, desde a privatização até julho de 2003. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mais de 49 milhões de linhas telefônicas estão ociosas, porque muitas pessoas não conseguem pagar mais as contas telefônicas.
Fonte: JORNAL OPINIÃO SOCIALISTA.
Edição nº 185 De 05 a 11 de agosto de 2004

7 comentários:

jose nilton mariano saraiva disse...

É bom não esquecer que, via grampo telefônico obtido legalmente, tomamos conhecimento que o próprio Presidente da República, senhor Fernando Henrique Cardoso, em conversa com o pessoal da Diretoria do BNDES, autorizou o uso do seu nome (na condição de Presidente da República, sim) como forma de viabilizar ou agilizar uma certa operação que beneficiou ninguém menos que o marginal-mór Daniel Dantas.
Disso, eles não podem fugir. Tá tudo gravado.

Orlando Rafael Dias disse...

Grande Calazans,esse papo furado de que o privado é melhor que o público só engana os ignorantes e faz a festa dos gananciosos.A nossa telecomunicação estaria do jeito que está agora independente das privatizações porque o povo tem mais dinheiro para adquirir as novidades tecnológicas.De que adiantaria tantas opções se não houvesse dinheiro para adquiri-las? um abraço

Armando Rafael disse...

Orlando:
Será?
Manda fazer uma pesquisa junto aos milhões de brasileiros que hoje compram um aparelho celular em 5 minutos ou uma linha fixa em 5 dias úteis ( baratas e sem a burocracia dos incompetentes que parasitam nos órgãos estatais) para ver se eles querem voltar ao tempo que se esperava um ano na fila e, com muita sorte, se comprava uma linha caríssima. Era tão cara que era colocada como um bem no patrimônio declarado ao Imposto de Renda, lembra?
Exemplo da ineficiência das estatais tivemos com a finada União Soviética e os países que lhe eram subjugados na chamada “Cortina de Ferro”, que ruíram há 20 anos. E ainda temos hoje na miserável ilha-prisão de Cuba, onde só este ano é que chegaram os primeiros celulares quando até nas mais atrasadas aldeias africanas não eram mais novidades.
A verdade, é que as empresas estatais eram, e continuam sendo uma influência perniciosa sobre as finanças públicas por quatro bons motivos:
1º) em média, dão prejuízo e pagam poucos impostos, vejam a sonegação de quase 5 BILHÕES de reais da Petrobras;
2º) exigem aportes do Tesouro para fazerem investimentos, os quais, quase sempre, fazem pela metade. Era assim a Vale do Rio Doce, No ano que foi privatizada não tinha dinheiro para comprar novos equipamentos. Hoje é a segundo maior do mundo. Procure ler algo sobre a nova Vale, a diferença para a época que era um dinossauro estatal é tapo grande que eu levaria páginas e página para mostrar;
3º) quando dão lucro, a taxa de retorno é pífia especialmente se comparada ao custo dos recursos, ou seja, ao custo da dívida pública;
4º) invariavelmente são focos de geração de obrigações previdenciárias e trabalhistas muito além do que conseguem custear a partir dos beneficiários, ou seja, estão repletas de passivos ocultos e "direitos" adquiridos pelas corporações.
Infelizmente, ainda há que faça resistência ao avanço da privatização, em casos como Furnas, Chesf, Vale, dentre outras. Porém fique certo de uma coisa: quando você encontrar alguém fazendo isso é porque é um parasita de algum órgão público com medo de perder a “boquinha” ...

Armando Rafael disse...

Orlando:
Só para complementar:
No caso específico da telefonia, antes da privatização, as empresas estatais não conseguiam cumprir os prazos de instalação e transferência de linhas, o que levava a um mercado paralelo (e muito rentável) de empresas que instalavam as linhas mais rapidamente, mas também num custo muito alto, de até R$ 10 mil. Naquela época, o consumidor que entrava na fila da operadora esperava alguns anos para ter seu telefone instalado. Hoje, pelas regras da Anatel, nenhuma empresa pode demorar mais de sete dias úteis (prazo que vem sendo cumprido em apenas 72 horas, foi o que aconrteceu comigo recentemente com a OI) para atender um pedido e é possível obter a linha ao custo de R$ 150,00 ou menos, a título de taxa para a instalação dividido em 12 prestações mensais pelas companhias.
Além da universalização constatamos um enorme avanço tecnológico disponibilizando produtos de ponta com preços acessíveis para os consumidores, sejam elas pequenas e médias empresas ou pessoas físicas. Um outro resultado importante foi a queda nas tarifas de longa distância, em particular as tarifas internacionais. Este é justamente o setor que apresenta maior concorrência.
Armando

Seja mais comedido com seus comentários louvando o “paraíso socialista” POIS JÁ LHE PROVEI que eles estão sendo “salvos” por pessoas inescrupulosas para depois gozar com o rstante dos 99% da nossa família que não reza pela cartilha do totalitarismo.

Carlos Rafael Dias disse...

Esse papo de "opinião socialista" só está complicando ainda mais as coisas para o governo de plantão. Se houve tantas irregularidades assim, porque o presidente da vez não apurou e puniu. É aquela velha história de que é "tudo igual"?
Acho que sim. Nada mais parecido de FHC do que Lula no poder.

Anônimo disse...

Aí, gostei desse duelo de titãs, desses três irmãos em fúria, armados de palavras, a digladiarem idéias em torno da provocação de Calazans.
Bendito sejam os rafael!

Calazans Callou disse...

Gosto desses CARAS, esses sim, poderemos dizer em caixa alta que são BOM D+.

Há se eu soubesse escrever como eles sabem, iria provocá-los diariamente.

Tenham um bom começo de semana: José Nilton, Orlando, Armando, Zé Nilton e meu amigo petista inrustido FEL.kkk!

Abraço.