duas horas da manhã
duas horas de lâminas
deslizando na superfície
fácil da pele
um homem sufoca no calor
de milhares de ruas e sonhos
numa dança de estremecer o peito
o mundo é pequeno para os olhos
por onde passarão notícias
e foge cada vez mais de suas mãos
mundo de aço, suas mãos de palha
carne que se encolhe no bolso
vidro que se quebrasse de tão sólido
e no ar não é mais
duas horas
um amanhã sempre na espera
roupa que não cabe em todos
quando chega a manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário