telhados em transe, a luz-lâmina sobre
nas paredes marrom? branco? amarelo?
tijolos em carne viva, tudo arranhado pela chuva
dias à lata de lixo
como não ser amargo?
fel nas vias, fel nas veias, quando dobra a esquina
e o que era paisagem, palavras embaralhadas no poema
a rua
o que outrora eram nomes no ar se vêem suas ruínas
destroços do poema, do poema destroços
o que restou?
telhados entrevados, esses muros que do sono entrevemos
essas vozes no frio e a feira lá embaixo
puta que pariu!
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