Perdão por essa mente diabólica
e essa alma pura tão enfadonha.
Um ninho de cobra acorda
picando a esponja da pia
e logo que vejo
trata-se de uma passarinho
com os olhinhos tristes
sonhando com a minhoquinha.
Um gigante escamoso trava embate
contra um saltitante homem pequenino
de chapéu verde.
O tempo ferve dentro do meu peito
mel e gordura onde havia sangue.
Perdão por minhas palavras
lascas de gravetos úmidos
que apagam a tocha
do meu silêncio.
Tenho esperança no Vazio
sonho com a definitiva Queda.
Lá do alto o telhado é alegre
mas continua frio.
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