(para cícero e carlos)
ainda ontem falávamos
daquelas velhas canções
que aprendemos a cantar
quando caía a noite
e então percebemos:
uma palavra nunca se gasta
uma palavra não se acaba
os nossos passos nas ruas
penetravam nas linhas melódicas
os olhos sabiam o segredo
de tornar a cidade um campo de sonhos
por isso aprendemos a cantar
e então percebemos:
uma palavra nunca se gasta
uma palavra não se acaba
éramos meninos entre meninos
guitarra e fúria
o que a memória não deixa para trás
nem mesmo as voltas dos cabelos
e então percebemos:
uma palavra nunca se gasta
uma palavra não se acaba
2 comentários:
Agradeço emocionado, primo!
Não resisti ao desejo de mudar o título e dedicar o poema ao Cícero a você. Dois primos.
Abraço!
Postar um comentário