Conto os dias
para o meu nascimento:
definitivo, eterno, sem volta.
Conto nos dedos
quantos dias faltam
para que suma a mente voraz.
Deixe seu vício na rua.
Praças, becos.
Deixe seu pecado junto
com as multidões.
Os gatos pardos morreram.
Os que suspiram têm medo de telhado alto.
Escondem-se debaixo das paradas de ônibus.
Conto quantas estrelas caem
antes da minha queda.
Começou cedo a noite
com suas fagulhas.
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