Segundo avaliação do IBOPE os votos obtidos por Marina Silva no primeiro turno tiveram o seguinte destino: a) 50% foram para José Serra; b) 33,3% foram para Dilma e c) 15% anularam o voto. Estes 50% de votos que foram de Marina para Serra corresponderam a 95% dos votos adicionais do candidato no segundo turno.
Mais ainda, Acre, que elegeu um governador e um senador petista, votou maciçamente em Serra (69,6%) numa evidente contradição. Os estados em que Serra obteve mais de 10% de diferença em relação a Dilma foram: Acre, Roraima, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. À exceção de São Paulo onde a situação de Serra é naturalmente vantajosa, nos demais se misturam votos de situações adversas ao preservacionismo ambiental, são rurais e votos de uma pequena burguesia com uma visão de mundo atrasada e adversa às grandes transformações do mundo.
Esta é a equação dos verdes a partir de agora. Como ampliar suas margens de influência na sociedade com uma agenda que simultaneamente atenda ao desejo de desenvolvimento do país e contemple a crise do capitalismo internacional. Explicando melhor: a marca do desenvolvimento econômico nos sistemas capitalistas, especialmente em países como o Brasil, continental e com uma população numerosa, tem sido a degradação ambiental.
A degradação ambiental não é fruto do progresso humano em si. Existem políticas que perfeitamente dissociam a degradação do progresso. Esta deveria ser a bandeira dos verdes brasileiros. Não a bandeira pura e simples da “empresa verde”, das “natura” da vida. Ela é uma bandeira mais radical, com maiores controles sociais, mais democrática e essencialmente avaliando cada experimento de exploração de recursos naturais.
Ao mesmo tempo o panorama de crise mundial do capitalismo, especialmente nesta fase financeira, aponta para um quadro de desarranjo produtivo que normalmente por falta de capitais redundam em processos sujos que degradam o meio ambiente. Isso ocorre em larga escala na Índia e na China. Ambos os países que conseguem produtividade através de sobre-exploração do trabalho e do meio ambiente.
Os votos conquistados por Marina da Silva no primeiro turno agora demonstram seu perfil. Um perfil que certamente arrasta o movimento verde para uma rampa conservadora ou para uma aliança de oportunidade com estas forças cuja finalidade seriam apenas concessões de suas próprias bandeiras. No mundo todo, após aquelas históricas conferências do clima e da água, tudo se cala. Só pensam na crise de suas fronteiras já degradadas.
O movimento verde brasileiro terá muita dificuldade de receber melhores ares de dentro ou fora do país.
Mais ainda, Acre, que elegeu um governador e um senador petista, votou maciçamente em Serra (69,6%) numa evidente contradição. Os estados em que Serra obteve mais de 10% de diferença em relação a Dilma foram: Acre, Roraima, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. À exceção de São Paulo onde a situação de Serra é naturalmente vantajosa, nos demais se misturam votos de situações adversas ao preservacionismo ambiental, são rurais e votos de uma pequena burguesia com uma visão de mundo atrasada e adversa às grandes transformações do mundo.
Esta é a equação dos verdes a partir de agora. Como ampliar suas margens de influência na sociedade com uma agenda que simultaneamente atenda ao desejo de desenvolvimento do país e contemple a crise do capitalismo internacional. Explicando melhor: a marca do desenvolvimento econômico nos sistemas capitalistas, especialmente em países como o Brasil, continental e com uma população numerosa, tem sido a degradação ambiental.
A degradação ambiental não é fruto do progresso humano em si. Existem políticas que perfeitamente dissociam a degradação do progresso. Esta deveria ser a bandeira dos verdes brasileiros. Não a bandeira pura e simples da “empresa verde”, das “natura” da vida. Ela é uma bandeira mais radical, com maiores controles sociais, mais democrática e essencialmente avaliando cada experimento de exploração de recursos naturais.
Ao mesmo tempo o panorama de crise mundial do capitalismo, especialmente nesta fase financeira, aponta para um quadro de desarranjo produtivo que normalmente por falta de capitais redundam em processos sujos que degradam o meio ambiente. Isso ocorre em larga escala na Índia e na China. Ambos os países que conseguem produtividade através de sobre-exploração do trabalho e do meio ambiente.
Os votos conquistados por Marina da Silva no primeiro turno agora demonstram seu perfil. Um perfil que certamente arrasta o movimento verde para uma rampa conservadora ou para uma aliança de oportunidade com estas forças cuja finalidade seriam apenas concessões de suas próprias bandeiras. No mundo todo, após aquelas históricas conferências do clima e da água, tudo se cala. Só pensam na crise de suas fronteiras já degradadas.
O movimento verde brasileiro terá muita dificuldade de receber melhores ares de dentro ou fora do país.
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