TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E O CARIRICULT NÃO TEM MAIS DE 4 ANOS? - José do Vale do Pinheiro Feitosa

Tenho andado sem uma rede de conexão. Nem banda estreita por caminho. Andado com os hábitos do passado recente. Quando escrever não se publicava, não havia a leitura em rede, nem a troca de conversa em dígitos. Acreditem é um retorno agradável, mas não se torna um habitat do egoísmo.

Hoje topei com esta linha estreita e visitei os blogs do cariri. Aliás, do Crato. Ali onde eles se multiplicam, se dividem numa necessidade de provar o recurso fácil do blogspot ou destas empresas que ofertam gratuidade aos blogs.

Andei matutando e contemplando a possibilidade que a baixa gravidade é um fator de dispersão, porém além dela, muito mais se dispersa pelas trilhas de oferta. A natureza consumista e fugaz do hoje motiva a separação, carregar cada fragmento do chão como se o fosse inteiro.

Até hoje o Luiz Carlos não atualizou a frase dos 4 anos desta revista. Li a revista e com prazer encontrei o Lupin que andou festejando e ausente ali pelo final do dezembro passado. Encontrei o Zé Flávio, o Mariano e nosso Darlan tão plural, posto que carioca é um cratense que não se dispersa.

Sabe que me deu uma breve sensação que a falta de conexão é um tributário de alguma perda? No caso deste blog, que apesar do vazio em comentários, tem uma continuidade, há os que se vão, mas efetivamente não se constitui num espaço administrado, editado, com a cara de um só.

Deste só que se frutifica na dispersão de tantos blogs. Tantos miniblogs. O só que se imagina coletivo, mas termina como um Deus que tanto pune pelos pecados como pelas próprias culpas. O só que não entende que a solidão começa pelo próprio afastar-se.

Então na estreiteza da conexão do momento, acabei por pensar no CARIRICULT e neste continuar teimoso em ser um coletivo sem dono. O que não impede das idéias serem vivas e machucarem, serem vigorosas e assustarem e tornarem raiva.

2 comentários:

Unknown disse...

O blog ficou legal, mais leve e eu acho mais livre. Não que o Salatiel impusesse algo, mas ares pesados se foram.
Abraço.

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Boa lembrança a de atualizarmos o ano quinto na capa dessa nossa revista virtual que nos enlaça de muitas formas além da literária, filosófica e ideológica. Somos plural nas divergências, no anarquismo, na interpretação de um mundo que tentamos entender para desconstruí-lo e reinventá-lo.
Grande abraço.