Como os "eternamente do contra" não dão trégua e já estão querendo atribuir à administração Dilma Rousseff a responsabilidade pela falta de energia em Estados do Nordeste (por poucas horas), numa dessas noites passadas (comparando-a inapropriadamente com o "verdadeiro apagão" da era FHC), é bom atentar para a notícia abaixo (atentem para os horários das ocorrências).
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A tempestade solar e o blackout no Nordeste
Apesar do recente apagão do Nordeste ter como provável causa o acionamento do sistema de proteção em uma subestação no município de Jatobá, em Pernambuco, as causas que levaram ao apagão podem ter sido provocadas por um repentino pulso eletromagnético ocorrido às 23h36 (hora do Nordeste), provocado por uma tempestade solar. Em boletim recebido do SWPC, Centro de Previsão de Tempo Espacial dos EUA, às 02h36 UTC (23h36 no Nordeste e 00h36 em Brasília), magnetômetros instalados em Boulder, no Colorado, registraram um repentino pulso eletromagnético de 8 nanoTeslas ("Tesla" é a unidade de medição de campos magnéticos). Exatamente nesse mesmo instante, quase toda a região Nordeste do Brasil ficou às escuras. Segundo relatos feitos no site Painel Global, diversos carros e luzes também apresentaram funcionamento errático e intermitente, além de muita interferência nas estações de rádio.
O pulso eletromagnético detectado nos EUA teve origem após uma explosão solar ocorrida no dia 31 de Janeiro, quando uma grande quantidade de massa coronal foi ejetada da estrela. A maior parte dessas partículas seguiu em direção ao espaço, enquanto uma pequena parcela atingiu o campo magnético terrestre e pode ter provocado auroras nas latitudes médias e altas.
Ainda é muito cedo para se afirmar com certeza se de fato o pulso eletromagnético foi o responsável por fazer "cair" o sistema elétrico em diversos Estados, mas os relatos de interferências em estações de rádio associados ao exato momento que o pulso foi detectado contribuem para essa possibilidade.
É importante destacar que o desvio apontado nos magnetômetros de Boulder às 23h36 não são capazes de avaliar a intensidade do campo eletromagnético induzido nas redes de energia elétrica. Eles apenas indicam um desvio anômalo no campo magnético da estação e que este foi provocado por um pulso eletromagnético repentino provocado por uma explosão solar.
Para fins de comparação, o pulso eletromagnético registrado teve intensidade de 8 nanoTeslas. A maior tempestade solar já registrada ocorreu em setembro de 1857 e teve a intensidade estimada em 110 nanoTeslas. Essa tempestade ficou conhecida como "Evento Carrington".
4 comentários:
Darlan Reis (seria ele um dos “eternamente do contra”?) escreveu logo abaixo (vai descendo as matérias para conferir)
“Eu sabia que iam jogar a culpa na chuva. Na natureza. A cara de pau é grande. Não tenho mais palavras para expressar um sentimento de indignação com a prática de se deixar acontecer para depois tentar remediar”.
Postado por Darlan Reis Jr. às 22:01
Eis aí as sábias e oportunas palavras do professor Darlan...
Dona Mônica,não sou "eternamente" nada. O eterno só existe no suposto além. Sou contra a picaretagem.
Essa mesmo, a humana. E contra o preconceito de classe.
Basta ir ao "canal" do Rio Granjeiro. Tá lá a obra humana. Mas não de todos os seres humanos, não da natureza humana, mas sim de homens situados historicamente.
Alguém fez aquela obra. Alguém deixou que se chegasse ao ponto em que se chegou.
Não obstante os áulicos, quem anda por ali vê e entende o que aconteceu.
Não foi falha eletrônica, obra de deus, castigo da natureza.
Darlan:
Você não entendeu o espírito da coisa.
Falar contra as obras do canal é fácil. É só lançar a culpa dos que administram (ou administraram) o município do Crato. É faltar com a verdade dizer que a tragédia que se abateu sobre os cratenses não tem nada a ver com uma tromba d’água de 210mm (durante) nas cabeceiras do rio, mais precisamente no sopé da Chapada.
Agora, o apagão (objeto deste artigo-servil e laudatório do José Nilton Mariano) é culpa da natureza?
Ora sejamos coerentes...
Dona Mônica,
A culpa do apagão não foi da natureza. Foi falha eletrônica. Talvez por queima, talvez por software, talvez por hardware.
Talvez por falta de manutenção.
E sobre as obras do "canal" do Granjeiro, do povo é que não é a culpa, ou a responsabilidade. Nem da "natureza" humana, nem da natureza em si.
Realmente, falar contra ou a favor é fácil. Difícil mesmo deve ser morar em área de risco e perder tudo.
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