Alguns anos atrás terminei um texto e fiquei imaginando o motivo pelo qual o escrevera. Nada naquele momento dava-lhe qualquer significado, nem lembranças também e pensei, será que no futuro terá algum sentido? Algum tempo depois numa destas passeadas no Youtube encontrei algo assemelhado de estrutura numa antiga canção das época da Diretas Já que era o "Menestrel das Alagoas". Perdoem-me os músicos, mas não era a intenção e não sou letrista.
Quem é esta mulher
Quem é este abraço
Que apóia tanta vilania
E transforma mel e fel
Quem é esse assaltante
Falando em podridão
Como quem fala de flores
Para a senhora jogada no chão
Quem é esse abraço
Para dar crédito à fera
Como quem sai à noitinha
Buscar faces a esgarçar.
Quem é esse que desconhece
A honra e a ética
E fala a língua do umbigo
Como canalhas dizem mais
Quem é este tresloucado do dia inteiro
De quem é esse punhal que planta,
Esse ruído de covil
E tocando na ferida
Redescobre Dorian Gray
Quem esta mulher
Que apóia o abraço
Com seu sorriso parado
Quem é esse meu detrator
Que a todos pensa calar.
Um comentário:
Zé do Vale
Ótimo texto. Que o detrator não merece crédito, todo mundo sabe. Mas me espanta o silêncio de outras pessoas que colaboram no Cariricult, ou mesmo no Caricaturas. Não existe debates ou divergências inteligentes nesses blogs. Só textos e fotos laudatórias. Talvez por isso ninguém comente nada. Apenas o silêncio dos inocentes.
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