Trata-se de um verdadeiro poço sem fundo e, se duvidarem, capaz até de arrancar comovedoras lágrimas de uma estátua de pedra. Pelo menos essa é a sensação que se apossa das pessoas de bem e de caráter, ao ouvir, atônitos, a cada dia que passa, novas e graves conversas (gravadas com autorização da Justiça) entre o tal Cachoeira e membros da sua quadrilha de “graduados-engravatados”, disponibilizadas ao distinto público. Ali, fica mais que evidenciada a alta periculosidade de todos eles, assim como o descaso absoluto para com a ética, com a honra, com o respeito e, enfim, retrata a assombrosa desfaçatez como atuavam (e aqui se faz necessário um parêntese: como – e a troco mesmo de quê - é que alguém, pomposamente rotulado de “magistrado”, com assento num desses Tribunais Superiores, da Justiça, autoriza a remoção-transferência de um presídio de segurança máxima (em Mossoró-RN) para um presídio comum (em Brasília-DF), de alguém que comprovadamente prima pela periculosidade, por uma desassombrada atuação marginal ??? Será pelo fato do "distinto" não ter se dado bem com o "rango" (comida) oferecido na prisão, a ponto de perder 15 quilinhos ??? Ou será pelo fato do próprio se achar "carente", em termos de sexo, e necessitar "descarregar o óleo" - como presumivelmente já o fez no novo endereço, depois da visita daquele "avião", autentico "monumento-louro", que com ele divide as cobertas, no dia-a-dia ??? Para o mortal-comum é difícil acreditar que tal "autoridade" não tenha sido regiamente recompensada).
Mas, retomando o fio da meada: para quem tinha alguma sombra de dúvida sobre a ativa, determinante e incisiva participação da Revista VEJA em toda essa cafajestada, atentem só para o texto abaixo (contendo data, hora e local) e reflitam, a posteriori.
José Nilton Mariano Saraiva
****************************************
Da Carta Maior
“Igual cê fez com a gente na VEJA”.
Brasília - A construtora Delta pediu ajuda ao contraventor Carlos Cachoeira para abafar uma reportagem do jornal Folha de São Paulo que investigaria a empresa. “Igual cê fez com a gente na Veja” (sic), disse o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, a Cachoeira, em conversa telefônica interceptada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), às 19:07 horas do dia 24 de agosto de 2011. Cachoeira tomou ciência das investigações do jornal através do senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido). Às 10:24 horas do mesmo dia 24, o senador disse ao bicheiro: “Me ligou uma repórter da Folha, fazendo uma investigação em cima da Delta em Goiás. Então... por conta do negócio lá do Rio... então eles espalharam repórter no Brasil em cima da Delta. Me ligaram perguntando se eu sabia alguma coisa, eu falei que não sabia de nada.”
À época, a Folha de São Paulo questionava os contratos, muitos deles sem licitação, assinados entre a empresa e o governo do estado do Rio de Janeiro. Cerca de dois meses antes, um acidente de helicóptero evidenciou a proximidade do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do proprietário da Delta, Fernando Cavendish.
Logo após ser informado por Demóstenes, Cachoeira repassou as informações a Cláudio Abreu que se desesperou e, rapidamente, buscou providências. Às 10:36 horas, Cláudio retornou a ligação para o contraventor: “Já avisei aqui, rezei o pai nosso pra todo mundo... nunca viu vocês, não conhece, não trabalha essas pessoas aqui, nem você, nem Wlad, nem político vem aqui, nem nada.”
Em nova ligação, às 10:57, Claudio quer saber quem é o jornalista que procurou Demóstenes para tentar abafar o caso: “Quem que é o cara da Folha que manteve contato? Quem que é o cara? Porque nós tamo bem com a Folha lá. Tamo trabalhando lá... saber quem que é o cara aqui pro chefe lá tentar abortar isso aí, né.”
Cachoeira respondeu que era uma mulher, mas que iria procurar saber mais detalhes. Em outras duas ligações, ainda no dia 24, Claudio volta a cobrar informações do bicheiro. “CÊ NÃO TEM NENHUM CAMINHO PRA GENTE ENTRAR DENTRO DA FOLHA PRA FAZER UMA INTERFACE DENTRO LÁ NA FOLHA NÃO, CARA?”, DISSE E COMPLETOU:
“IGUAL CÊ FEZ COM A GENTE NA VEJA”.
Um comentário:
Não é à toa que a Veja e conhecida como DETRITO SÓLIDO DE MARÉ BAIXA.
Postar um comentário