“Do Crato, cuido eu”. Autoritária,
impositiva e arrogante, esta a frase atribuída ao senhor Ciro Gomes, e teria
sido proferida meses atrás em conversa com simpatizantes, como se fora a cidade
uma espécie de “feudozinho-particular” dos sobralenses da família “Ferreira
Gomes”. Se bem que tal afirmativa até que poderia ser encarada como verdadeira
por parte de alguns desavisados, se levarmos em conta que, mesmo sem nunca ter
feito nada pelo Crato, o senhor Ciro Gomes conseguiu, sem maiores esforços, obter
cerca de 11.000 votos da sua população numa dessas eleições proporcionais
passadas. Para alcançar tal marca evidentemente que à sua retaguarda se postaram
uma leva de maus cratenses, que devem se sentir satisfeitos e babando de
alegria com o estado de penúria e degradação que a urbe experimenta.
Pois bem, como de há muito (e bote tempo nisso) se acha desocupado, já
que rejeitado e reprovado pela população em diversas eleições onde só o seu “curralzinho
eleitoral cratense” não foi determinante (ou teve peso insignificante), o
distinto deu-se à tarefa de tramar, arquitetar e fazer funcionar conspirações
político-partidárias, já agora escudado na função de “consultor” do PSB (para
tanto, e só pra isso, o irmão Governador do Estado lhe paga uma apetitosa
remuneração).
E presumivelmente por considerar o Crato um território já “dominado”
(afinal, repita-se, foram quase 11.000 votos pra quem nunca fez pela cidade) a
megalomania “ferreiro-gomista” investe agora sobre o eleitorado de Fortaleza. E
é fácil constatar que a mudança se deu exatamente após a entrada do senhor Ciro
Gomes no jogo. Para tanto, após ensaio de meses, o afinado “Trio Soberba” (Ciro,
Cid e Ivo Gomes), comandado pelo irmão mais velho, entrou em premeditada rota
de colisão com a prefeita de Fortaleza (isso após o Governador, lá atrás, ter
se comprometido a apoiar o candidato do PT à prefeitura da capital).
Hoje, o ex-presidente Lula da Silva e o presidente nacional do PT já
foram acionados na tentativa de resolver o imbróglio, e o incêndio tende a ser
apagado nesses dias, embora não se saiba o que se esconderá por trás da densa
fumaceira resultante (a prefeita Luizianne Lins terá o apoio federal para
indicar o “cabeça-de-chapa” petista, como antes combinado com o Governador ???
Ou este se rebelará, romperá com o PT e lançará candidato próprio, já que o
irmão Ciro Gomes (mesmo que oficialmente o irmão-governador seja o presidente
regional do partido) já anunciou aos
quatro ventos que não aceitará, em hipótese alguma, nenhuma das candidaturas postas
à mesa pela prefeita de Fortaleza ???).
Enquanto isso, o que se comenta é que antes de deixar o Governo do
Estado (pra se candidatar a Senador da República), Cid Gomes tomará duas
medidas: 1) pra desgastar a prefeita e por extensão o seu candidato, tentará
com que o Estado assuma a tarefa de construir pelo menos três dos túneis
previstos para serem construídos pela municipalidade até a Copa do Mundo,
visando a questão da mobilidade urbana de Fortaleza; e 2) baterá o martelo e
referendará (por imposição de Ciro Gomes, evidente) o nome (já antecipadamente escolhido)
pra ocupar o “empregão-vitalício” a surgir no Tribunal de Contas do Estado: será
ninguém mais ninguém menos que ... Patrícia Gomes (ex de Ciro Gomes), que como
vereadora, deputada e senadora destacou-se pela apatia e improdutividade; além
do que, não ostenta a condição técnica necessária para exercer a função (e
mais: como pimenta nos olhos dos outros
é refresco, a filha de ambos, Lívia Gomes, sairia candidata a vereadora aqui em
Fortaleza). E se alguém não aceitar que vá reclamar ao Papa.
Mas, afinal... isto é um “trio” ou uma “pentarquia” insaciável ???
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