O vai e vem ao
Cariricult além de refletir o fluxo da minha vida atual é, na essência, um
sempre vem. Ao encontro da minha gente. Dos jovens que suportam nos ler afinal
temos tanto de nossa geração. E aos andados no tempo que de vez em quando
prometem nunca mais me levar em consideração, riscando-me do mapa de suas palavras.
E sei que alguns e-mails trocados até comemoram as bordoadas.
Mas o que seria do
debate sem emoção e o justo estranhamento? Não seria e aproveito para confessar
uma ignorância histórica. Quando os blogs e a redes sociais começaram a expor
as ideias e as pessoas saltaram em grosseria, um palavrório destemperado que
imaginava fosse apenas uma deseducação às regras do debate. Estava enganado.
Revendo histórias do
jornalismo da República Velha, do nosso conterrâneo Antonio Salles e de figuras
como o Barão de Itararé pode-se se ter a noticia de quanto os debates eram
ácidos e até mesmo destemperados como são os de agora. Se alguém teve ou tiver
a oportunidade de ler sobre o Correio de Manhã e Edmundo Bittencourt vai
entender que hoje somos até tímidos e educados. Talvez digamos mais bobagens
pelo que nos falta em certa cultura humanística.
Mas de qualquer modo o
entusiasmo com suas ideias não é ruim, ao contrário é muito bom e temos que
achar muito mais o modo de visa-las dos que as pessoas que as apresentam. Isso
até vem a respeito de que quatro meses adiante a Síria continua se matando. As
Coreias brincam de guerra, mas o substrato disso tudo é uma das Coreias com
arma atômica concluindo-se que aquela região já está com este armamento e o
Japão lembrando Hiroshima, até que as duas Coreias sejam apenas uma, não
interessa o regime, mas a geopolítica da Ásia. Hoje o centro do futuro da
economia.
E os “democratas” da
Venezuela saíram na pancadaria com os chavistas. Os “democratas” que promovem
golpes. Os “democratas” que são a esperança de muita gente das plagas
brasileiras. Mas a esperança tem data marcada: outubro do próximo ano. No Ceará
o quadro é muito interessante, os irmãos Gomes parecem apostar num poste, o
Eunício faz prefeituras e multiplica placas de melhor senador pelas estradas do
Ceará. O papel do PT no Ceará ainda está aberto, depende muito do Eduardo
Campos numa candidatura a Presidente.
No país a Dilma faz
campanha eleitoral a olhos vistos. Basta um exemplo: o futebol na companhia dos
operários da obra do Maracanã (houve mesmo? Terminei não conferindo o fato). Aqui
no Rio os arranjos estão de venta e popa e com muitas contradições, mas parece
mesmo que a liga PMDB e PT é o principal e único projeto da reeleição da Dilma.
Por isso a Presidenta rifou
o Brizola Neto na disputa da presidência do PDT com o Lupi. Com uma mão tirou o
PDT do arranjo do Eduardo Campos e com a outra garantiu a unidade de sua
campanha. O jornal O Globo com mais frequência leio manchetes e os telejornais
do sistema estão num limite de conveniência por uma razão simples: eles
dependem das políticas monetárias do governo e sua oposição é qualificada no
sentido de forçar “certas soluções”.
Enfim é um prazer
enorme está aqui com esta gente com quem tanto me identifico até nas profundas
divergências.