Ao contrário do
comportamento-padrão daqueles que nada têm a temer ou esconder, mas, sim, sentem orgulho e satisfação
em propagandear os feitos da agremiação a que pertencem, nas eleições
presidenciais de 2002, 2006 e 2010 a “tucanalhada” (PSDB) fugiu como o diabo foge
da cruz de qualquer referencia ou citação à gestão de oito anos (1995-2002) do
tucano-mor Fernando Henrique Cardoso.
Como se sentissem
vergonha e considerassem aquele nefasto e sombrio período uma espécie de nódoa
irremovível na elitista elegância “black tie” tucana, permitir a presença de
FHC no palanque nem pensar, porquanto representaria verdadeira afronta, perigosa
sinalização de chuvas e trovoadas, adiante. Assim, a ordem foi enfática e contundente:
“deletar” o chefe dos palanques de campanha e/ou de qualquer aparição pública. Foi
o que aconteceu. E isso tem um nome, desaprovação.
É que, constatado
restou, através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, posteriormente
publicizadas, (foram inúmeras) existia uma “quadrilha tucana” instalada no
gabinete do então presidente do BNDES (Mendonça de Barros) que obtivera autorização
expressa do “chefe-maior” pra usar seu nome (do Presidente da República) em transações
prá lá de suspeitas, durante o processo de privatização (doação) do setor
telefônico nacional, objetivando beneficiar, via fundos de pensão estatais, nada
menos que o maior bandido do Brasil, senhor Daniel Valente Dantas. Foi o que
aconteceu. E isso tem um nome,
corrupção.
Uma outra imoralidade que
desnudou o mafioso modus operandi tucano de administrar à época FHC e que veio
a público, foram as declarações espontâneas dos então deputados federais
acreanos Ronivon Santiago e João Maia, confirmando terem recebido (assim como
outros três colegas da bancada acreana) R$ 200 mil reais, cada, a fim de
votarem pela reeleição de FHC. Foi o que aconteceu. E isso tem um nome,
corrupção (um adendo: teriam sido “comprados”, a esse preço, 150 deputados, de
diversos estados e siglas, segundo o senador gaúcho Pedro Simon).
Eis que agora, certamente
que confiando na memória curta do povo brasileiro, o candidato do PSDB que irá
disputar as próximas eleições presidenciais, o playboy Aécio Neves, à falta de
um projeto para o país, resolve “fazer justiça” (palavras dele), ressuscitando
FHC como se houvesse sido um grande administrador. Não foi o que aconteceu. E isso tem um nome, desonestidade.
O que podemos deduzir, então, é que ao espelhar-se num homem que deixou a
ética de lado e corrompeu Deus e o mundo objetivando ganhos pessoais (nem que naquele
momento o país literalmente estivesse afundando, tanto que valeu-se do
famigerado FMI em três oportunidades), o senhor Aécio Neves implicitamente compactua
e chancela toda a sujeirada e corrupção praticada pelo chefe.
Sinal de que, se algum
dia chegar lá (e não será dessa vez), adotará idêntico proceder ???
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