Mais cedo do que se esperava, começou a célere
e irreversível “debandada” no PSB, em razão do partido ter aceitado servir de “barriga
de aluguel” para a candidata Marina Silva, de olho numa possível repetição da
sua votação passada (o que acreditamos que não ocorrerá, quando ficar evidente
que ela não tem “nada de diferente” dos políticos tradicionais).
O primeiro a “se mandar” foi um dos
fundadores do partido e atual coordenador-geral da campanha do PSB, Carlos
Siqueira, que houvera sido nomeado para a função pelo falecido Eduardo Campos.
E saiu “tiririca da vida”, acionando sua metralhadora giratória em todas as
direções, ao afirmar que Marina Silva “está longe de representar o legado de
Campos”, já que ela quer mesmo é “mandar no partido”, mas que “como hospedeira
da instituição, deveria respeitá-la”.
Também por discordar do novo caminho a ser
trilhado pelo partido sob Marina Silva (ditado por mera conveniência eleitoral),
o então coordenador de mobilização e articulação da campanha, Milton Coelho, igualmente
indicado por Campos, pegou o bonezinho e... “fui”, presumivelmente por também corroborar
da idéia de que Marina Silva está longe de representar o legado de Campos.
A verdade é que, se no primeiro momento da
homologação de Marina Silva como candidata do PSB à Presidência da República a
coisa já “fedeu’ tanto, é fácil imaginar que a “tempestade” braba que derrubou
o avião de Campos parecerá um “chuviscozinho” qualquer, ante o que vem por aí,
em termos de rebelião interna no PSB, se considerarmos o recado deixado por
Siqueira: “Ela que vá mandar na Rede dela, porque no PSB mandamos nós”.
Só assim, quando o “pau começar a troar e
torar” pra valer dentro das hostes pessebistas, pode ser que os eleitores em
geral finalmente descubram (antes tarde que nunca) que o “animal político Marina
Silva” não tem “nada de diferente” dos políticos tradicionais.
Afinal, ao “alugar” um partido político objetivando
única e exclusivamente tentar a viabilização do seu desejo messiânico de galgar
à Presidência da República, Marina Silva desdiz tudo o que houvera pregado até
dias atrás: que os “partidos políticos” não passam de “ajuntamentos” de conveniências.
Daí sua tentativa fracassada de fundar a sua “Rede Sustentabilidade”. Pois, por
paradoxal que seja, Marina Silva é agora oficialmente a candidata do PSB. Por um "partido", sim senhor.
O fato irrecorrível e que não se pode
escamotear é que, ao invés de “somar”, em sua chegada Marina Silva “divide”. E
nem bem o embate começou, o PSB fragiliza-se, perde identidade e sai ferido
gravemente. A prova é cristalina e “palpável”, para não deixar ninguém se
enganar: são dois “graduados” quadros da instituição que se vão, dois “históricos”
do partido que, em nome da coerência, abdicam da posição de realce que
conquistaram dentro da instituição ao longo dos anos, mas que corajosamente
optam pela orfandade partidária (não há
mais tempo de adesão a uma outra agremiação e eles certamente não aceitariam
fazê-lo).
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