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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

AÉCIO CUNHA NEVES NOS STATES - José do Vale Pinheiro Feitosa

Até os jundiás do Rio Batateira sabem que menino-mimado e filhinho-do-papai costumam ficar violentos quando a chupeta lhes faz falta. Aécio Neves, estava naquela idade linda: menino bem apoiado, na borda de uma praia linda e nos embalos-de-sábado-à-noite foi fazer intercâmbio nos “states”.

O jornalista Paulo Moreira Leite descobriu um rastro dos dias do atual candidato ao achar um jornal em que revela como pensava o “garotão” de então.

Chegou por lá. Foi visitar um amigo numa região onde se esquia. Virou atração. Aquele ser exótico dos trópicos. Resultado foi entrevistado para um jornal da “comunidade”. E o que diz o menino-mimado sobre o seu país e seu povo?

Aécio disse que as mulheres tinham vida fácil no Brasil. Segundo o Aécio de então: as mulheres brasileiras não têm necessidade financeira de trabalhar, e podem passar a maior parte de seu tempo na praia ou fazendo compras.

E falando sobre a vida doméstica o jovem Aécio da Cunha Neves disse: “todo mundo tem uma empregada ou duas; uma para cozinhar e outra para limpar”. Assim falando de sua rotina em casa diz: “Eu nunca fiz a minha própria cama”.

Agora vamos aos ajustes. Estamos falando de um garotão, se achando por ser entrevistado e revelando a realidade de sua classe no seu país. E ele não mentiu. Fora assim mesmo. Inclusive ao realçar coisas como “nunca fiz a minha própria cama”, certamente refletia o que havia encontrado nos EUA, quer seja, todo menino de classe média fazia a própria cama porque não tinha uma ou duas empregadas.  
   
A diferença é que além de se afiançar no “American Way of Life”, o candidato Aécio não passou por nenhum processo evolutivo. Não cresceu por mérito. Não tomou consciência que por trás daquela posição de classe social havia uma imensa população de mulheres jovens semi-escravizadas às famílias mais ricas, sem poderem estudar e sem evoluir socialmente e culturalmente, em nada. 

E agora vem com um especulador de mentalidade híbrida, prometendo o programa econômico de duas alternativas. Uma primeira, arrocha salário, aposentadorias, desemprega e aumenta os juros para quem ganha nas tetas do orçamento público e vende as estatais que restam (Petrobrás e Bancos Públicos). Nas sobras investe alguma coisa no país nesta altura atrelado a uma única via estrangeira: os EUA.


Na segunda hipótese combina com a elite baixar os juros, vende as estatais e com isso sobra dinheiro para investir nos programas sociais e mantendo um pouco os salários. Porém nunca se pode contar com a cessação da ganância de quem tem dinheiro e tudo retorna à origem. Afinal é mais fácil ganhar aplicando nos juros sobre o orçamento público. 

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