Até os jundiás do Rio Batateira sabem que menino-mimado e
filhinho-do-papai costumam ficar violentos quando a chupeta lhes faz falta.
Aécio Neves, estava naquela idade linda: menino bem apoiado, na borda de uma
praia linda e nos embalos-de-sábado-à-noite foi fazer intercâmbio nos “states”.
O jornalista Paulo Moreira Leite descobriu um rastro dos
dias do atual candidato ao achar um jornal em que revela como pensava o “garotão”
de então.
Chegou por lá. Foi visitar um amigo numa região onde se
esquia. Virou atração. Aquele ser exótico dos trópicos. Resultado foi
entrevistado para um jornal da “comunidade”. E o que diz o menino-mimado sobre
o seu país e seu povo?
Aécio disse que as mulheres tinham vida fácil no Brasil. Segundo
o Aécio de então: as mulheres brasileiras não têm necessidade financeira de
trabalhar, e podem passar a maior parte de seu tempo na praia ou fazendo
compras.
E falando sobre a vida doméstica o jovem Aécio da Cunha
Neves disse: “todo mundo tem uma empregada ou duas; uma para cozinhar e outra
para limpar”. Assim falando de sua rotina em casa diz: “Eu nunca fiz a minha
própria cama”.
Agora vamos aos ajustes. Estamos falando de um garotão, se
achando por ser entrevistado e revelando a realidade de sua classe no seu país.
E ele não mentiu. Fora assim mesmo. Inclusive ao realçar coisas como “nunca fiz
a minha própria cama”, certamente refletia o que havia encontrado nos EUA, quer
seja, todo menino de classe média fazia a própria cama porque não tinha uma ou
duas empregadas.
A diferença é que além de se afiançar no “American Way of Life”,
o candidato Aécio não passou por nenhum processo evolutivo. Não cresceu por
mérito. Não tomou consciência que por trás daquela posição de classe social
havia uma imensa população de mulheres jovens semi-escravizadas às famílias
mais ricas, sem poderem estudar e sem evoluir socialmente e culturalmente, em
nada.
E agora vem com um especulador de mentalidade híbrida,
prometendo o programa econômico de duas alternativas. Uma primeira, arrocha
salário, aposentadorias, desemprega e aumenta os juros para quem ganha nas
tetas do orçamento público e vende as estatais que restam (Petrobrás e Bancos
Públicos). Nas sobras investe alguma coisa no país nesta altura atrelado a uma
única via estrangeira: os EUA.
Na segunda hipótese combina com a elite baixar os juros,
vende as estatais e com isso sobra dinheiro para investir nos programas sociais
e mantendo um pouco os salários. Porém nunca se pode contar com a cessação da
ganância de quem tem dinheiro e tudo retorna à origem. Afinal é mais fácil
ganhar aplicando nos juros sobre o orçamento público.
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