Era pra ser uma “festa de arromba”. E, para tanto,
tudo fora criteriosa e detalhadamente planejado. A inescrupulosa revista
“VEJA-ÓIA” houvera antecipado em dois dias sua edição semanal, com uma chamada
de capa “criminosa” (embora no texto da reportagem correspondente vigesse o
verbo no sentido “condicional” - teria, seria e por aí vai - sinal de nenhuma
consistência); irmanada, a principal rede de televisão do país, a “GLOBO”,
aderira de pronto ao plano antecipadamente arquitetado e consumira a maior parte
do tempo do seu principal noticioso, o Jornal Nacional (na noite anterior) a
repercutir com estardalhaço a chamada de capa da “VEJA-ÓIA”; gráficas de todos
os portes-tamanhos foram acionadas às pressas para, na virada da noite,
reproduzirem MILHÕES E MILHÕES de cópias da citada capa (quem pagou ???)
inclusive em tamanho gigante (tipo outdoors), generosamente distribuídas na
manhã do dia da eleição; jornalões do Sudeste do país, que já vinham em
sistemática campanha contra, de há muito, alinharam-se naquela trincheira e
trataram de divulgá-las em letras garrafais em suas edições matutinas.
Definitivamente, nada fora esquecido e o “GOLPE” seria perpetrado, sim, sem
choro nem vela. Dessa vez não havia escapatória.
Tanto é que, naquele momento (já após a eleição) no
“ap” da “IRMÃ-MANDONA”, em Belo Horizonte, o candidato era bajulado e paparicado por dezenas de
“convivas”, oriundos de diversas partes do país, num beija-mão pra lá de
asqueroso. Afinal, o homem “já era” o futuro Presidente da República. Daí o
“scoth” correr solto e generoso e os variados canapés consumidos numa avidez
impressionante.
Igualmente às reuniões da “cosa nostra” (máfia
italiana), também ali uma senha seria usada a fim de “cristalizar” o momento. E
isso seria feito através de mais um “vazamento seletivo” (qual o preço ???): é
que, do interior da hermética sala usada para apurar os votos, no Tribunal
Superior Eleitoral, em Brasília, um dos privilegiados vinte técnicos envolvidos
na operação discaria para alguém presente àquela festa, lá em Belo Horizonte (o
candidato ???) e lhe poria a par do andamento da apuração. E assim foi feito,
coincidindo com o momento em que o candidato disparava na dianteira. E haja
“scoth”. E haja canapés. E haja comemoração. E haja puxa-saquismo. Mas...
Mas, esqueceram de um tal “fuso horário”. Que, aí
sim, dividia o Brasil naquele momento não em dois, mas em três. É que em
Brasília e estados do Sul-Sudeste e Centro-Oeste vigia o “horário oficial”; nos
estados do Norte-Nordeste uma diferença de uma hora a menos; e no Acre e parte
da Amazônia, três horas a menos. Portanto, embora já totalizasse os votos a
partir do horário de Brasília, os números obtidos só seriam disponibilizados
para a população após o fechamento das urnas do Acre, três horas depois e,
pois, já perto da sua totalização geral (apenas aquelas privilegiadas vinte
pessoas souberam antecipadamente do andamento da apuração).
Por essa razão, chegada a hora, os primeiros
resultados da apuração contemplaram as regiões Sul/Sudeste/Centro-Oeste (onde a
votação terminara mais cedo) e onde o “playboy do Leblon” disparara na frente
(embora à candidata Dilma Roussef colhesse expressiva votação). E foi essa a
senha que faltava para ter início o bacanal no “ap” de Belo Horizonte. A
apressada conclusão era a de que o “GOLPE”,
enfim, lograra êxito. Dera resultado. Não tinha volta. Xeque-mate.
E foi aí que a força e a união do povo
norte-nordestino tratou de por os pingos nos devidos “iis”, restabelecer a
verdade verdadeira, mostrar que a coisa não era bem assim. Em resposta ao
“caminhão de votos” que o candidato tucano obtivera no Sul-Sudeste, uma
“avalanche de votos” na candidata Dilma Roussef demoliu de vez com o sonho e
pretensão tucano. Como um rolo-compressor, não restou pedra sobre pedra. O
“playboy do Leblon” sucumbiu e teria que esperar por uma outra oportunidade.
Dessa vez, sim, houve choro (inclusive do candidato). Ar fúnebre e fim de festa
no ninho tucano, o que não impediu que o “astro-principal”, visivelmente
constrangido, reconhecesse publicamente a derrota.
Como teria que haver uma explicação para a
“virada”, num primeiro momento o comando tucano atribuiu à Região Nordeste o
desfecho não favorável (daí o xenofobismo abjeto nas redes sociais); e aí foi só
lembrar-lhe que no Sul-Sudeste a candidata oficial conseguira mais votos do que
os obtidos no Nordeste, para restar constatado que faltaram votos ao tucano no
Brasil todo. Que o Brasil houvera democraticamente optado pelo projeto que
contempla a inclusão social, a redistribuição de renda e o bem-estar do seu
povo.
À desculpa esfarrapada de que foi uma vitória
apertada (quase três milhões e meio de votos, de maioria) lembramos que a
Constituição Federal determina que metade dos votos mais um é o suficiente para
a homologação da vitória.
Portanto... chora, tucanalhada, chora !!!
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