J´Attendrai - Dalida
Tornerai composição
italiana de Dino Olivieri e letra de Nino Rastelli. Foi registrada em francês
como J´attendrai por Rina Ketty em 1938 com letra em francês de Louis Poterat.
Foi a canção emblemática do início da segunda guerra mundial.
Tornerai - Tua sabes que te amo, não tenho que
de ti /encontrar-me distante, diga-me por que? / A nostalgia não sente no
coração / Não te recordas de mim. / Esta minha vida, não, não pode? Durar / Tu
és fugitiva, deves tornar / Este meu coração, tu ainda queres. / Tornarás...a
mim / por que? / O único sonho sei...do meu coração / Tornarás, por quê? / Sem teus
beijos lânguidos, não viverei? / Aqui dentro de mim mesmo / a tua voz que diz,
tremendo de amor, / Tornarei? Por que? Tu és o meu coração.
J´Attendrai
Esperarei!
O dia e a
noite, esperarei sempre
teu retorno.
Esperarei
Porque o
pássaro fugitivo tenta se esquecer,
em seu
ninho.
O breve tempo
passa
batendo
tristemente,
sobre meu
coração tão pesado.
E, portanto,
esperarei
Teu retorno.
(bis)
O vento traz-me
os rumores distantes.
Após minha
porta
o escuto em
vão.
Puxa, e
nada.
Nada me vem.
Esperarei,
o dia e a
noite, esperarei sempre
teu retorno.
Por que a primeira pedra sempre é lançada e a mão pioneira é
cheia de pecados? Porque viver é rever posições, princípios e conhecimentos.
Toda a degeneração recente da França, que sua história
carrega na bolsa do canguru, toda a violência e tortura aplicada aos
libertários da Argélia. A França, assim como Portugal, Espanha, Inglaterra,
Holanda, Bélgica foram as rapinas da África, América e Ásia. Alemanha e Itália
não fizeram do mesmo porque chegaram tarde ao botim colonialista.
E nosso horror latino americano, com a escravidão, saque,
tomada de terra, exploração mineral e da produção agropastoril, não se pode
extrair da história. Mas o papel das lutas populares, das instituições
desenvolvidas, a nossa cultura e tantas outras manifestações do povo não podem
ser, igualmente, extraídas.
Agora não se pode aplicar um anátema a toda a França tomando
por regra fatos e eventos do seu passado, mesmo o recente, tais como a
repressão e tortura e o papel meio barro meio tijolo do seu povo da segunda guerra
mundial. Pois na Franca se houve a República de Vichy, também aconteceu a
Resistência e todo um ideal de social democracia no pós-guerra.
Nenhuma cultura produziu reflexões tão reais sobre a
humanidade, a história e as civilizações. A França é um centro irradiador e
fundador do que é a possibilidade de uma civilização mais igualitária, mais
humanista, mais avessa à exploração do homem pelo homem.
Há muita boca torta do hábito, muita facilidade
argumentativa, muita preguiça intelectual e muito uso de velhas formas como se
na realidade nada houvesse de mudança. Só que a França pulsa sua vida social e
cultural na perspectiva crítica do presente e na projeção do futuro.
A civilização francesa é solidária, embora a malha social,
sob crise econômica, desemprego e forte pressão imigratória seja geradora de
fortes tensões. Há que se qualificar e classificar quem é quem nesta transição.
A extrema direita é contra a migração e tem aversão aos muçulmanos, mas na
França a maioria não é assim.
A própria recuperação do prestígio de Hollande e as
manifestações de massa após o atentado contra os jornalistas do Charlie andaram
no sentido de uma sociedade plural e democrática. Os fascistas compõem a
minoria e neste episódio não conseguiram, mesmo que tenhamos que colocar um “ainda”,
selar o cavalo da história.
E por fim: muita gente andou tendo dúvida sobre as críticas ao
Charlie Hebdo. Muita gente andou se apegando ao argumento “analítico” de suas
charges usadas fora do contexto. Muita gente repetiu o mantra sem jamais ter lido
um número sequer da revista.
Humorismo tem uma natureza muito interessante: é tão
sintético que é autoexplicativo. Mas é a síntese do que circula no momento e um
tempo depois só faz sentido se contextualizado. Ou seja é uma das expressões
mais datadas que existe.
Inclusive acabei de saber que a edição feita após a atentado
será reproduzida no Brasil.
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