HOJE HÁ 61 ANOS
No horário desta postagem, há 61 anos, fazia mais de 12 horas
que o país vivia uma convulsão. Até a noite do dia anterior - 23 de agosto - o
povo estava calado. Era a vez da gritaria na mídia, os discursos e textos de
Lacerda, oficiais da Aeronáutica usurpando as instituições do Estado.
A cortina de fumaça golpista era tão densa de denúncias e
desgraças que o povo estava sem fôlego. Esperando, que alguma brisa, que fosse,
permitisse o livre correr de suas observações e sentimentos.
Getúlio Vargas não previu tudo o que daquele estampido em
diante ocorreria. Ele entendeu o sufocamento político e antes de ser um cadáver
político, transcendeu a arapuca inimiga e acordou o povo para a realidade.
O povo começou a quebrar todas as fontes da mídia que eram a
sede da cortina de fumaça. Eles se acovardaram. Tiraram o Presidente, mas não
conquistaram o governo. Tiveram que engolir as vozes do povo e os partidos que
os representava.
Há 61 anos aquele corpo voltaria à sua terra natal. E hoje
começamos a manhã aqui no Brasil recebendo a dura realidade da crise ampla da
economia mundial. Especialmente nos polos dinâmicos que ainda restavam. O polo
asiático e da Oceania.
Mais do que nunca estaremos diante da necessidade de um
projeto nacional para suportar os estragos que destes fatos virão. Precisamos
pactuar soluções e compreender que é na dinâmica dos direitos sociais e do
consumo do brasileiro que parte do problema se resolverá.
E que orientemos nossos espíritos para símbolos de nossa
história, abandonemos as ideias de salvadores da pátria, fortaleçamos quadros e
lideranças lúcidas, mas sobretudo tomemos vantagem da organização social, de
todas as dimensões para que internalizemos o nosso próprio futuro.
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