Muito
já se disse, e se comentou, sobre a “parcialidade” (ou, em
português claro e cristalino, a desonestidade) de vários dos
ministros que integram a nossa Corte Maior (Supremo Tribunal
Federal), useiros e corriqueiros em tentar esconder tão requintado
“predicado” através de um linguajar/texto rebuscado e prolixo,
repleto de citações greco-romanas, inacessíveis ao mortal comum.
Fato
é que, após ascenderem àquela egrégia corte por indicação de
políticos corruptos e desonestos, não têm nenhum escrúpulo em
saírem ávidos à procura de “brechas” em nossas leis e códigos
(sempre “acháveis” pelos que conhecem os “caminhos das
pedras”), e que lhes permitam atuarem desabridamente em favor dos
interesses do “padrinho”, pouco se lixando para as esdrúxulas
decisões que tomam; inclusive, até parecem muito se divertir com a
dificuldade da “massa ignara” em aceitá-las, passivamente e sem
contestação.
O
emblemático de tal postura corrupta e mafiosa deu-se agora (de novo,
outra vez, novamente) quando o tal “decano” (que babaquice) do
STF, Celso de Melo (indicado pelo ex-presidente Sarney), contrariando
até uma anterior decisão do falastrão ministro Gilmar Mendes (no
caso Lula da Silva), resolveu que o bandido Moreira Franco (citado 43
vezes numa única delação da operação Lava Jato) assuma, sim, uma
Secretaria Especial criada pelo golpista sem povo e sem voto que está
Presidente da República (Michel Temer), com o explícito objetivo de
blindá-lo com o tal “foro privilegiado”, literalmente impedido-o
de cair nas garras do onipresente juiz de Curitiba.
Para
se entender a falta de caráter e/ou desonestidade do tal “decano”
(Celso de Melo), abaixo a narrativa do ex-Ministro da Justiça do
governo Sarney, Saulo Ramos, no livro de sua autoria “Código da
Vida” (Editora Planeta, 2007):
“Quando
José Sarney decidiu candidatar-se a senador pelo Amapá, o caso foi
parar no STF, porque os adversários resolveram impugnar a
candidatura. Celso de Mello votou pela impugnação, mas
depois telefonou ao seu padrinho, Saulo Ramos, para explicar-se.
— Doutor
Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do presidente.
— Claro!
O que deu em você?
— É
que a Folha de S.Paulo, na véspera da votação, noticiou a
afirmação de que o presidente Sarney tinha os votos certos dos
ministros e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de
votar, o presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu
favor. Não
precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de
S.Paulo.
Mas fique
tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do
presidente.
— Espere
um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney
porque a Folha de S.Paulo noticiou que você votaria a favor?
— Sim.
— E
se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de
votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?
— Exatamente.
O senhor entendeu?
—
Entendi. Entendi que você
é um JUIZ DE MERDA”.
*****************
E
aí, precisa explicar ou quer que desenhe ???
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