Estupefatos,
num primeiro momento os brasileiros ouviram o áudio, em rede
nacional de TV, onde o Senador-bandido Aécio Neves acerta com o
empresário-mafioso Joesley Batista o recebimento de uma propina de
R$ 2.000.000,00 em 04 parcelas de R$ 500.000,00 e com um agravante: o
emissário-recebedor seria alguém... “que a gente mata ele antes
de fazer a delação” (nas palavras do próprio Senador). Ato
seguinte, em vídeo estarrecedor, ao vivo e a cores, o “eliminável”
emissário (o primo Fred, de confiança, do Senador) é visto
recebendo do preposto do empresário uma das parcelas, colocando-a
numa mochila e, depois, repassando-a para um segundo emissário do
Senador, dentro de um estacionamento, de onde seguiu para Belo
Horizonte para a entrega “delivery”. Como se vê, tudo dentro do
mais requintado estilo mafioso.
Num
segundo momento, atônitos e embasbacados, os brasileiros assistiram,
também ao vivo e a cores, as imagens/áudio do homem (ex-deputado
Rodrigo Loures) da “estrita confiança” do golpista sem povo e
sem voto (Michel Temer), acertando com o mesmo preposto do
emissário-mafioso o recebimento da primeira parcela SEMANAL de R$
500.000,00 (que se repetiria por 20 anos) e, ato seguinte, visto a
correr pateticamente pela noite paulistana, carregando uma mala com a
bufunfa para ser entregue ao Chefe (Michel Temer).
No
calor do momento, e até para dar uma satisfação momentânea à
sociedade, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin,
houve por bem afastar do Senado Federal o bandido Aécio Neves, ao
tempo em que lhe impunha uma série de restrições administrativas,
numa pseudo atitude moralizadora que mereceu aplausos da população,
ao passo que o emissário-presidencial (Rodrigo Loures) foi aquinhoado com a
prisão preventiva, objetivando prestar esclarecimento sobre o
destinatário da grana recebida.
Tudo
fogo de palha. Hoje, no encerramento das atividades semestrais do tal
Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Melo, em decisão
monocrática, não só não atendeu ao Procurador Geral da República
(Rodrigo Janot), que houvera solicitado a prisão do senador Aécio
Neves, como houve por bem trazê-lo de volta ao Senado Federal (sem
restrições), enquanto o mesmo ministro que houvera decretado a
prisão de Rodrigo Loures, Edson Fachin, sensibilizado com o apelo da
família do meliante, resolve liberá-lo para uma prisão domiciliar
(com tornozeleira); aquela, onde o apenado se sente tão à vontade
que leva uma vida social das mais ativas (que o diga o tal Pedro
Barusco, que mesmo portando a dita-cuja, vive “melando o bico” na
orla carioca, conforme já flagrado).
Particularmente,
já há vários meses afirmamos neste mesmo espaço, de forma
peremptória e definitiva, que a esculhambação jurídica vigente no
país à época (e que se deteriorou sobremaneira de lá até cá)
deveria ser creditada à omissão e covardia dos integrantes daquela
corte, ao permitirem que o juizeco de Curitiba, Sérgio Moro,
estuprasse a Constituição Federal diuturnamente, findando por
destituir uma Presidenta da República eleita com quase 55 milhões
de votos.
É
pois, com a chancela do poder mais corrupto da república, o Poder
Judiciário, que agora Aécio Neves, Rodrigo Loures, Michel Temer e
integrantes da quadrilha que tomou de assalto o poder, estão com uma
perigosa licença em mãos. A licença para roubar e matar.
Impunemente e sem restrições. Sob o frondoso guarda chuva do STF.
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