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domingo, 12 de agosto de 2018

"ESCULHAMBAÇÃO" CONFIRMADA - José Nilton Mariano Saraiva


Às vésperas da eleição presidencial e com o preferido da população (Lula da Silva) preso numa solitária de Curitiba, sem nenhum pudor o Desembargador Gebran Neto (amigo íntimo do Sérgio Moro) que condenou o ex-presidente (e esticou a pena para 12 anos), vem a público para confirmar aquilo que metade do mundo e a outra banda já sabiam: Lula da Silva é um “preso político”, detido a fim de evitar que volte ao poder nos braços do povo (hoje, segundo as pesquisas, levaria no primeiro turno, com folga). Veja abaixo:
Jornal GGN - A coluna Radar, de Lauro Jardim, na Veja, trouxe o inimaginável: Gebran Neto, desembargador do TRF4, disse a amigos que atropelou o desembargador Favreto por considerar a 'única saída' para impedir liberação de Lula. É muito grave.
A declaração contida em Veja escancara o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula. Um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que a prisão é política sim e continua sendo o maior trunfo da Lava Jato. O que muda na percepção dos críticos da situação, é que esta é a primeira declaração clara sobre as manobras.
Segundo o colunista da Radar, de Veja, o desembargador preferiu cometer ilegalidades a evitar o que chama de 'um erro ainda mais danoso', que era a justa liberação do ex-presidente. Tal declaração teria sido feita no dia 8 de julho, quando o desembargador Rogério Favreto aceitou o pedido de habeas corpus em favor de Lula.
A situação beira o descaramento, quando vale tudo para manter Lula preso e calado, sem poder se valer de seus direitos fundamentais. Nem Moro poderia contestar a decisão de Favreto, nem Gebran poderia atropelar a decisão do juiz que estava de plantão. Os dois magistrados, em gozo de férias, agiram rapidamente usando, inclusive, os guardas da PF de Curitiba. Moro acionou os guardas e Gebran, e este veio célere reforçar a decisão. Por fim, entra o presidente do TRF4 que, longe de defender a legalidade da decisão de Favreto, interveio para derrubar o habeas corpus.
Somente o órgão colegiado do TRF4 poderia revogar a ordem de habeas corpus deferida por Favreto, não fosse, é claro, essa poltiização descarada da Justiça.
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Fato é que, tivéssemos um Supremo Tribunal Federal que honrasse tal denominação, não só o desembargador Gebran Neto, como o juiz Sérgio Moro, estariam hoje vendo o sol nascer quadrado, não só por essa, mas pelas infindáveis arbitrariedades perpetradas ao longo da “perseguição implacável” ao ex-presidente (por quatro anos), sem que houvessem colhido nenhuma prova de supostos ilícitos.
Assim, embora com atraso, tal declaração de Gebran Neto escancara de vez o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula da Silva. Afinal, quando um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que estamos ante uma prisão política, sim, e que o mote usado pela Lava Jato (sobre corrupção) não passa de cortina de fumaça para acabar com o Estado Democrático de Direito, em nosso país.


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