Que Gilmar
Mendes não é flor se que cheire, isso metade do mundo e a outra banda sabem. Basta
uma olhadela na lista dos seus “clientes” para se constatar que não existe
nenhum pé-rapado, nenhum emergente ou mesmo um mísero morador de periferia; é só a “nata” da bandidagem de
colarinho branco, de alta periculosidade e normalmente envolvidos em tenebrosas
transações; mas que o elegeram seu “defensor-preferencial”, pouco importando a
exorbitância que terão de desembolsar, já que
normalmente liberados vapt-vupt pelo
próprio, com uma facilidade que nos deixa reflexivos.
Arrogante,
prepotente, sarcástico e falastrão, Gilmar Mendes não se cansa de humilhar aqueles
aos quais se julga superior, como, por exemplo, quando se retirou de uma das
sessões do pleno do STF não satisfeito porque um dos advogados das partes
resolveu questioná-lo, ao que sapecou-lhe: “advogado é advogado, ministro é
ministro”.
No
entanto, quando em um primeiro momento o juiz de primeira instância, Sérgio
Moro e sua troupe (procuradores da tal Operação Lava Jato, sediada em Curitiba)
resolveram se “apropriar” de todos os processos que tratassem sobre “corrupção”,
independentemente da origem, ferindo de morte o princípio do “juiz natural” e avacalhando
de vez a Constituição Federal, Gilmar
Mendes e colegas do STF não se manifestaram.
A partir
de então, “marombados” pelo poder descomunal e sem freios, os integrantes da
Lava Jato continuaram desobedecendo dia e noite a nossa outrora “Carta Maior”, através
de prisões alongadas, conduções coercitivas sem necessidade de notificação, e
por aí vai, e que objetivavam na realidade (conforme ficou provado a
posteriori) inviabilizar a candidatura Lula da Silva à Presidência da República;
de novo, outra vez, novamente, Gilmar Mendes e os demais integrantes daquela
corte não só a tudo assistiram passivamente, como também “chancelaram” as
arbitrariedades flagrantes daquele juiz de primeiro piso.
Como
a soberba tomou conta da “República de Curitiba”, os excessos a cada dia se
acentuaram, findando por criar uma certa “animosidade” ou “ciumeira” por parte
dos componentes do Supremo Tribunal Federal, que poderia ser traduzida no
questionamento: afinal, quem “manda” aqui nessa zorra, nós ou eles ???
Fato
é que, com o fim da lua-de-mel, eis que o “stop” à ganância da Lava Jato afinal
chegou, tendo como protagonista principal ninguém menos que ele, Gilmar Mendes.
É
que, em sessão do pleno do STF, realizada em 14.03.2019, com o objetivo de
julgar sobre a “competência” dos processos de crime de corrupção quando houver
caixa 2, decidiu-se que seriam encaminhados à Justiça Eleitoral e não mais à
República de Curitiba (como eles tanto temiam, e representou um baque profundo
na Lava Jato).
E aí,
o arrogante Gilmar Mendes não só peitou, mas literalmente “se vingou” dos
presunçosos e igualmente arrogantes procuradores da Lava Jato, ao “carimbar” na
testa da sua principal estrela, o procurador Deltan Dallagnol (braço direito de
Sérgio Moro) a alcunha de “gângster” (Ipsis litteris: “Isso não é método de
instituição, é método de “gângster”. Isso é uma disputa de poder em que se quer
amedrontar as pessoas. Fantasmas e assombrações aparecem para quem neles
acredita”).
Aproveitando a deixa, Gilmar Mendes referiu-se à
excrescência da criação de uma Fundação, com propina da Petrobras para a Lava
Jato, no valor de estratosféricos R$ 2,5 bilhões: “O que se pensou com essa
fundação do Deltan Dallagnol foi criar um fundo eleitoral. Era para isso.
Imagina o poder. Imagina quantos blogs teriam, quanta coisa teria à disposição.
Veja a injustiça, veja a ousadia desse tipo de gente” (Ipsis litteris).
“Mordido”, Gilmar Mendes também se referiu ao procurador Rodrigo
Castor (muleta de Dallagnol) , em razão deste ter criticado a Justiça
Eleitoral: “Gentalha despreparada, não têm condições de integrar o Ministério
Público. Nem pensamento estratégico têm. São uns cretinos”, afirmou.
E agora, Sérgio Moro/Dallagnol, vão processar o Gilmar ???
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