“MELAR O BICO” + “USO DO CELULAR” – José Nílton Mariano Saraiva
As estatísticas disponibilizadas à sociedade não deixam dúvidas: apesar
das recorrentes reclamações dos apreciadores de uma cervejinha estupidamente
gelada (preferencialmente nos fins de semana) ou de uma dose revigorante (aqui
diária) da tradicional “MARVADA”
(a cachacinha, só pra “abrir o apetite”), a verdade verdadeira é que, após a adoção
da chamada “Lei Seca”, não mais que de repente caíram paulatinamente o número
de acidentes no trânsito (embora pontualmente ainda aconteçam), as brigas e
agressões nas vias públicas, os atendimentos hospitalares, queixas policiais e
por aí afora.
É que, de par com a perspectiva (apavorante para alguns) proibição de
dirigir, via cassação da habilitação, a salgadíssima multa aplicada (quase três
mil reais) a quem for de encontro à nova ordem constituída, leva o indivíduo a
pensar duas vezes antes de decidir “MELAR O BICO” e sair por aí
desrespeitando gregos e troianos.
No entanto (e complementarmente), um outro hábito, tão ou mais nocivo e
pernicioso envolvendo o trânsito, ficou um bom tempo de fora (agora não mais) e
provocou acidentes diversos e até com gravidade: referimo-nos ao hábito de se
dirigir falando ao celular o que, comprovadamente, desvia a atenção do guiador
e o induz ao erro, muitas vezes fatal.
Hoje, com a correção devida, além da inabilitação temporária para guiar,
aquele que for flagrado dirigindo e falando ao celular ao mesmo tempo, receberá
como “PRÊMIO” a obrigação de pagar aquela multa draconiana.
Em termos de coletividade, no entanto, tal providência (vigente dos dias
atuais), certamente complementa as benesses já propiciadas pela temida e
antipática, mas paradoxalmente benfazeja Lei Seca, apesar dos muxoxos, chiliques
e inconformismo daqueles que vivem eternamente com uma sede insaciável, os famosos
“papudinhos” da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário