TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

 


DE: ROBERT DE NIRO –

SOBRE: DONALD TRUMP

 “Passei muito tempo estudando homens maus. Examinei suas características, seus gestos, a absoluta banalidade da sua crueldade. Mas há algo diferente em Donald Trump. Quando olho para ele, não vejo um homem mau. De verdade. Eu vejo um malvado.

Ao longo dos anos, conheci gangsters aqui e ali. Esse cara tenta ser um, mas não consegue. Existe algo chamado "honra entre ladrões". Sim, até os criminosos costumam ter um senso de certo e errado. Se eles fazem a coisa certa ou não é outra história, mas eles têm um código moral, por mais perverso que seja.

Donald Trump não o tem. Ele é um cara duro em potencial sem moral nem ética. Sem noção de certo e errado. Ele não tem respeito por ninguém além de si mesmo, nem pelas pessoas que deve direcionar e proteger, nem pelas pessoas com quem faz negócios, nem pelas pessoas que o seguem, cega e lealmente, nem mesmo pelas pessoas que são considerados seus “amigos”. Sente desprezo por todos eles.

Nós nova-iorquinos o conhecemos ao longo dos anos, porque ele envenenou a atmosfera e encheu a nossa cidade de monumentos ao seu ego. Sabíamos em primeira mão que era alguém que nunca deveria ser considerado para um cargo de liderança.

Tentamos avisar o mundo em 2016.

As repercussões da sua turbulenta presidência dividiram os EUA e abalaram Nova Iorque para além do imaginável. Lembre-se de como a crise nos abalou no início de 2020, quando um vírus destruiu o mundo. Vivemos com o comportamento grandiloquente de Donald Trump todos os dias no palco nacional e sofremos ao ver nossos vizinhos se amontoarem em sacos para cadáveres.

O homem que devia proteger este país colocou-o em perigo por causa da sua imprudência e impulsividade. Foi como se um pai abusivo governasse a família através do medo e da violência. Essa foi a consequência de o aviso de Nova Iorque ser ignorado. Da próxima vez, sabemos que será pior.

Não nos enganemos: Donald Trump, que foi submetido a julgamento político duas vezes e foi processado quatro vezes, continua a ser um tolo. Mas não podemos permitir que os nossos compatriotas americanos o descartem como tal. O mal prospera na sombra do escárnio desdenhoso, por isso devemos levar muito a sério o perigo que Donald Trump representa.

Então hoje lançamos outro aviso. Deste lugar onde Abraham Lincoln falou, aqui mesmo, no coração pulsante de Nova Iorque, para o resto dos Estados Unidos:

Esta é a nossa última chance. A democracia não sobreviverá ao retorno de um potencial ditador. E não vencerá o mal se estivermos divididos.

O que fazemos então sobre isso? Eu sei que estou pregando para os já convencidos. O que estamos fazendo hoje é valioso, mas temos que levar o presente para o futuro, levá-lo para fora destas paredes.

Temos que nos aproximar de metade do nosso país que ignorou os perigos de Trump e, por alguma razão, apoia a sua ascensão de volta à Casa Branca. Eles não são estúpidos e não devemos condená-los por tomarem uma decisão estúpida. Nosso futuro não depende só de nós. Depende deles.

Vamos nos aproximar dos seguidores de Trump com respeito. Não falemos de "democracia". A “democracia” pode ser o nosso Santo Graal, mas para outros é apenas uma palavra, um conceito, e na sua aceitação de Trump, eles já lhe viraram as costas.

Vamos falar do certo e errado. Vamos falar de humanidade. Vamos falar de gentileza. Segurança para o nosso mundo. Segurança para nossas famílias. Decência. Vamos deixá-los receber de volta.

Não vamos conseguir todos, mas podemos obter o suficiente para acabar com o pesadelo de Trump e cumprir a missão desta "Cimeira para deter Trump".

 

(Esta declaração segundo uma fonte foi dada em 2024, antes das eleições em um contexto de alerta e mobilização para impedir que Donald Trump regressasse à Casa Branca).

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