Na última edição do Cine Ceará o filme mais premiado foi Ave Poesia - Patativa do Assaré, de Rosemberg Cariry. Abaixo segue pequeno trecho de entrevista publicada em vários jornais do país onde faz referência aos primórdios de sua produção cinematográfica. É interessante como a gente não sabe onde as coisas vão dar mas o começar é sempre o início de tudo!
Como foi a primeira dessas gravações com o Patativa, que resultou no filme?
A primeira vez que filmamos foi em Assaré, por volta de 79, fotografado em super 8, pelo Jackson Bantim e o Luiz Carlos Salatiel. Registramos o cotidiano dele, na roça, Dona Belinha cozinhando... Quando cheguei lá, era um amigo que estava chegando, era o filho de Zé Moura, que já tinha laços afetivos fortes. Passamos uma semana com ele dessa primeira vez, e o que me lembro era do cheiro do inverno na terra. O flamboyant, ele sentado naquela raiz, que virou quase um símbolo depois do Patativa, do homem enraizado. Foi a época em que ele foi homenageado pela SBPC, reconhecimento pioneiro de um poeta popular. E nós fizemos um grande show no Theatro José de Alencar, chamado “Canta Cariri”, e um recital do Patativa. Documentamos em super 8 o encontro dele com toda a geração ligada ao movimento de esquerda que na época se aproximou muito do Patativa. Ele virou uma voz. A gente acreditava que as nações tinham seus poetas, Neruda, Maiakovski... E a gente achava que o Patativa era esse poeta da expressão nacional, ou pelo menos nordestina.
Como foi a primeira dessas gravações com o Patativa, que resultou no filme?
A primeira vez que filmamos foi em Assaré, por volta de 79, fotografado em super 8, pelo Jackson Bantim e o Luiz Carlos Salatiel. Registramos o cotidiano dele, na roça, Dona Belinha cozinhando... Quando cheguei lá, era um amigo que estava chegando, era o filho de Zé Moura, que já tinha laços afetivos fortes. Passamos uma semana com ele dessa primeira vez, e o que me lembro era do cheiro do inverno na terra. O flamboyant, ele sentado naquela raiz, que virou quase um símbolo depois do Patativa, do homem enraizado. Foi a época em que ele foi homenageado pela SBPC, reconhecimento pioneiro de um poeta popular. E nós fizemos um grande show no Theatro José de Alencar, chamado “Canta Cariri”, e um recital do Patativa. Documentamos em super 8 o encontro dele com toda a geração ligada ao movimento de esquerda que na época se aproximou muito do Patativa. Ele virou uma voz. A gente acreditava que as nações tinham seus poetas, Neruda, Maiakovski... E a gente achava que o Patativa era esse poeta da expressão nacional, ou pelo menos nordestina.
2 comentários:
Só quem vive é que faz a estória! Merecidamente, o Patativa do Assaré é uma das figuras emblemáticas da cultura do nosso tempo.
E Patativa fez HISTORIA, com H maiúsculo de HOMEM NORDESTINO, HERDEIRO DA VITÓRIA, HERÓI MERECIDAMENTE RECONHECIDO.
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