Internacional
Eleições na Venezuela
Chávez é derrotada nos
principais estados
24 de novembro de 2008
A oposição ao governo de Hugo Chávez venceu as eleições regionais nos dois maiores estados do país -Zulia e Miranda e na prefeitura de Caracas. O candidato da oposição Antonio Ledezma derrotou com 52,45% dos votos, o governista Aristóbulo Isturiz, em Caracas. A votação realizada neste domingo conferiu a vitória do governo em outros 17 estados, segundo o boletim parcial divulgado na madrugada desta segunda-feira.
Chávez foi à TV na manhã desta segunda para reconhecer os resultados. "Reconheço sua vitória e convoco vocês a seguirem o mais elevado comportamento democrático", afirmou Chávez, referindo-se aos líderes oposicionistas. "O povo falou novamente, e o vencedor é o povo venezuelano", acrescentou, num discurso transmitido da sede do Partido Socialista Unido Venezuelano (PSUV).O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), fundado por Chávez, recuperou os estados de Trujillo, Aragua, Guárico e Sucre, nas mãos de dissidentes do chavismo, e manteve Barinas, terra natal do líder e onde seu irmão, Adán Chávez, concorreu.
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, disse que 65,45% dos eleitores compareceram às urnas, a mais alta presença registrada em pleitos regionais e locais na Venezuela. Chávez apontou como um sinal de que as instituições venezuelanas estão em pleno funcionamento, apesar das denúncias de fraudes levantadas pela oposição. "Nós respeitamos a decisão do povo", disse. O presidente acrescentou que seus aliados terão de refletir sobre os resultados eleitorais e sobre as causas das derrotas.
Ocorrências - Ao menos 106 pessoas foram detidas pelas autoridades durante a votação, muitos por atos de vandalismo como destruir urnas. Seis pessoas foram presas no estado de Guarico por supostamente atacar eleitores. Uma pessoa foi esfaqueada em um confronto entre apoiadores do governo e opositores no estado de Bolívar.
(fonte:www.veja.com.br)
24 de novembro de 2008
A oposição ao governo de Hugo Chávez venceu as eleições regionais nos dois maiores estados do país -Zulia e Miranda e na prefeitura de Caracas. O candidato da oposição Antonio Ledezma derrotou com 52,45% dos votos, o governista Aristóbulo Isturiz, em Caracas. A votação realizada neste domingo conferiu a vitória do governo em outros 17 estados, segundo o boletim parcial divulgado na madrugada desta segunda-feira.
Chávez foi à TV na manhã desta segunda para reconhecer os resultados. "Reconheço sua vitória e convoco vocês a seguirem o mais elevado comportamento democrático", afirmou Chávez, referindo-se aos líderes oposicionistas. "O povo falou novamente, e o vencedor é o povo venezuelano", acrescentou, num discurso transmitido da sede do Partido Socialista Unido Venezuelano (PSUV).O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), fundado por Chávez, recuperou os estados de Trujillo, Aragua, Guárico e Sucre, nas mãos de dissidentes do chavismo, e manteve Barinas, terra natal do líder e onde seu irmão, Adán Chávez, concorreu.
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, disse que 65,45% dos eleitores compareceram às urnas, a mais alta presença registrada em pleitos regionais e locais na Venezuela. Chávez apontou como um sinal de que as instituições venezuelanas estão em pleno funcionamento, apesar das denúncias de fraudes levantadas pela oposição. "Nós respeitamos a decisão do povo", disse. O presidente acrescentou que seus aliados terão de refletir sobre os resultados eleitorais e sobre as causas das derrotas.
Ocorrências - Ao menos 106 pessoas foram detidas pelas autoridades durante a votação, muitos por atos de vandalismo como destruir urnas. Seis pessoas foram presas no estado de Guarico por supostamente atacar eleitores. Uma pessoa foi esfaqueada em um confronto entre apoiadores do governo e opositores no estado de Bolívar.
(fonte:www.veja.com.br)
4 comentários:
A surpresa desta jornada eleitoral foi na prefeitura metropolitana de Caracas, o segundo posto mais importante do país, depois da Presidência. Antonio Ledezma, um velho líder opositor venceu com 52,45% dos votos ao candidato chavista Aristóbulo Isturiz que obteve 44,92% dos votos. Ambos já foram prefeitos da cidade.
No Distrito Federal de Miranda, na capital Caracas, o atual governador chavista, Diosdado Cabello, candidato à reeleição, foi derrotado por Capriles Radonski, atual prefeito do município Baruta, um dos cinco municípios da região metropolitana de Caracas. Radonski obteve 52,56% dos votos contra 46,64% de Cabello.
A oposição continuará no controle do Estado de Zulia, reduto anti-chavista controlado pelo governador Manuel Rosales, principal líder da oposição e candidato à prefeitura de Maracaibo. Os resultados desta cidade ainda não foram anunciados, mas Rosales deve ganhar com facilidade de acordo com pesquisas.
O governo de Zulia ficará no controle de Pablo Perez do partido opositor Um Novo Tempo, que venceu com 53,59% dos votos contra o candidato do governo Gian Carlo Di Martino que obteve 45,02%.
O Estado Nueva Esparta, onde está o balneário de Isla Margarita, continuará no controle da oposição.
Jornada eleitoral
Os venezuelanos madrugaram neste domingo para ir às urnas. As longas filas que duraram todo o dia obrigaram alguns centros de votação a permanecer abertos até as 22h (00h30 de Brasília), por determinação do CNE. A legislação venezuelana prevê que as urnas não podem ser fechadas enquanto houver eleitores na fila de votação.
A medida, porém, foi questionada pela oposição. O líder do partido Podemos, Ismael Garcia, que rompeu com a base governista no ano passado, disse que a intenção de deixar as mesas abertas seria para "obrigar" eleitores chavistas a reverter, na última hora, a votação a favor dos candidatos do governo.
De acordo com o CNE, a participação nessas eleições ultrapassou o recorde histórico com mais de 65% do total de 17 milhões de eleitores.
Voto castigo
No bairro periférico 23 de Enero, um dos redutos chavistas em Caracas, o taxista Rafael Landaeta disse à BBC Brasil estar descontente com a atual administração da cidade e que, pela primeira vez nesses 10 anos de governo Chávez, votaria na oposição, que saiu vitoriosa na cidade de Caracas.
"Os prefeitos chavistas simplesmente abandonaram esse bairro e se dedicaram à corrupção. Precisamos de mão forte para combater a delinqüência", afirmou.
De acordo com o instituto de pesquisas Hinterlaces, a insegurança é a principal preocupação de 79% dos venezuelanos.
Grande Armando: os diversos ângulos da notícia. Entre os quais as notícias ainda em formação. As eleições da Venezuela terminaram e ainda se encontram em estado de apuração nesta hora da segunda feira (hora de Bsb). Dos 22 estados que foram às eleições os chavistas ganharam em 17, dois ainda se apuram pois os votos parciais não revelam o ganhador em razão da situação de empate. Em três grandes estados a oposição saiu vitoriosa, sendo que a oposição já governava dois (Zulia e Nueva Esparta). Ou seja a oposição avançou no estado de Miranda que engloba bairros da capital. Desse modo O Globo On Line, com a mesma notícia deu manchete diferente da Veja: PARTIDO DE CHAVEZ VENCE ELEIÇÕES EM 17 ESTADOS DA VENEZUELA. Esse é sempre o problema da torcida ideológica em jornalismo.
Essa é uma Má Notícia! depende só do ponto de vista de quem a escreve...
Logicamente, o colega deve apoiar também o imperialismo dos Estados Unidos...falou em império...
Abraços,
DM
Caro José do Vale,
Creio que você tem razão:são os diversos ângulos da notícia.
Veja o que o jornal "O Povo" noticiou nesta 3ª feira, dia 25:
Venezuela
Chavismo perde em Caracas e em estados mais populosos
O presidente venezuelano Hugo Chávez venceu na maioria dos estados nas eleições de domingo. Mas os governadores eleitos pela oposição administrarão 45% da população, em estados que representam 70% da economia da Venezuela.
A oposição, que governa desde 2004 Nova Esparta, no Nordeste, e o petroleiro Zulia, no Oeste, conseguiu manter os dois estados e levou ainda Carabobo, no Norte; Táchira, no Sudoeste; e o populoso e rico Miranda, no Centro, que inclui parte de Caracas.
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De qualquer forma - caso Chávez não use a carta na manga para anular a força da oposição - penso que a Venezuela ainda respirará um pouco de democracia. E isso é o que importa para o bem da democracia na América Latina.
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