Preciso pecar todo santo dia
para visitar minha alma
no paraíso terreno.
Minha mente corre mais que antílope sem rumo
cercado por ardentes labaredas.
Chego a cuspir cinzas,
meu espírito chamuscado chora.
Mas estou inteiro.
O coração atencioso.
A inabalável crença no amor materno.
Oxalá eu viva um pouco mais atento
ouvindo claramente minha silenciosa voz
que ora diz sim e que logo diz fuja.
Sigo então a poesia.
Com ela a vida é extrema:
gazela no espeto,
gazela a ruminar no verdejante pasto.
Um comentário:
Que beleza, Domingos,
Vejo que você não escreve apenas sobre a ARIDEZ do dia-a-dia, mas sabe ser lírico e apaixonado e usar belas palavras quando assim o deseja. Gostei bastante dessa aqui mesmo!.
Abraços,
Dihelson Mendonça
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